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ONU: Coreia do Norte evita cada vez mais as sanções

A Coreia do Norte consegue contornar cada vez mais as sanções impostas contra seu programa de armamento, segundo relatório redigido por especialistas da ONU

Vista da capital da Coreia do Norte, Pyongyang (Reprodução/ Vimeo/Reprodução)

Vista da capital da Coreia do Norte, Pyongyang (Reprodução/ Vimeo/Reprodução)

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AFP

Publicado em 10 de setembro de 2017 às 12h16.

Última atualização em 10 de setembro de 2017 às 12h18.

A Coreia do Norte consegue contornar cada vez mais as sanções impostas contra seu programa de armamento, de acordo com um relatório redigido por especialistas da ONU publicado neste domingo.

O documento foi revelado um dia antes da reunião do Conselho de Segurança para votar o oitavo pacote de sanções contra Pyongyang, a pedido do governo dos Estados Unidos.

O relatório confirma formalmente uma informação obtida em agosto, com fontes diplomáticas, pela imprensa.

"O país também continua a violar o embargo de armas e as sanções financeiras e setoriais robustas, mostrando que, à medida que o regime de sanções se expande, o mesmo acontece com o alcance da evasão", resume o documento, que analisa o período de fevereiro a agosto.

"A República Popular Democrática da Coreia fez avanços tecnológicos significativos em suas capacidades de armas de destruição em massa, desafiando o regime de sanções mais abrangente e direcionado na história das Nações Unidas", completa o relatório.

Após dois testes nucleares em 2016, Pyongyang lançou 14 mísseis balísticos no decorrer de 2017, dois deles intercontinentais.

O relatório não inclui o disparo de um míssil de médio alcance que sobrevoou o Japão em meados de agosto e um teste nuclear no início de setembro.

"A Coreia do Norte segue violando as sanções econômicas com agentes no exterior que realizam transações financeiras em nome de entidades nacionais", aponta o documento.

Pyongyang exporta quase todos os produtos afetados pelas sanções da ONU, o que representou pelo menos 270 milhões de dólares para o país no período estudado.

Apesar das medidas adotadas este ano pela China para interromper as importações de carvão, o regime norte-coreano enviou carregamentos para outros Estados membro da ONU, incluindo Malásia e Vietnã, e usou outros países como intermediários para outras cargas.

Neste domingo, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, denunciou neste domingo a multiplicação dos testes nucleares e de mísseis balísticos da Coreia do Norte.

"O comportamento imprudente da Coreia do Norte é uma ameaça mundial que precisa de uma resposta mundial, que certamente inclui a Otan", declarou Stoltenberg ao canal britânico BBC.

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