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ONU alerta para situação na fronteira entre Líbia e Tunísia

Navi Pillay, comissária da ONU para os direitos humanos, lembrou também dos protestos no resto do mundo árabe

Navi Pillay, da ONU: "direitos humanos devem estar no centro das reformas" árabes (Antônio Cruz/ABr)

Navi Pillay, da ONU: "direitos humanos devem estar no centro das reformas" árabes (Antônio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 3 de março de 2011 às 09h36.

Genebra - A situação na fronteira entre a Tunísia e a Líbia, onde dezenas de milhares de pessoas precisam de ajuda, é "uma prioridade de primeira ordem", afirmou nesta quinta-feira a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay.

Na apresentação de seu relatório anual no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, Pillay reiterou o chamado efetuado por outros chefes de agências humanitárias para que a comunidade internacional contribua financeiramente na assistência às vítimas da violenta repressão do levante popular na Líbia.

A comissária destacou que as manifestações civis que acontecem paralelamente no Iêmen, Argélia, Iraque, Irã, Bahrein, Omã e outros países também têm o objetivo de reivindicar mudanças na ordem estabelecida e que "os direitos humanos devem estar no centro das reformas empreendidas".

Além disso, Pillay expressou sua preocupação pelos enfrentamentos registrados na Costa do Marfim - concretamente em Abidjan e no oeste do país - e "a crise humanitária" que está sendo gerada à medida que mais pessoas fogem da violência.

Ao abordar a temática dos conflitos violentos e da impunidade, a alta funcionária da ONU defendeu que todos os suspeitos de terrorismo detidos em Guantánamo e outras prisões "recebam um julgamento justo em tribunais comuns".

A alta comissária também se referiu à discriminação sofrida pelos imigrantes na Europa e, em particular, pelos ciganos, para os quais pediu reconhecimento de seus direitos.

A respeito da presença de seu organismo no mundo, Pillay destacou a abertura de dois novos escritórios na Guiné e na Mauritânia, a extensão dos mandatos de suas representações na Bolívia, Colômbia e Nepal, assim como o envio de conselheiros de direitos humanos a Honduras, Paraguai e Tadjiquistão.

Finalmente, anunciou que o Governo do Egito formulou um convite a seu escritório para que envie uma equipe de especialistas que colabore com o reforço dos direitos humanos no país.

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