ONU alerta para crise na Somália
Escritório da ONU advertiu sobre uma situação de emergência na Somália que pode levar a uma crise de fome
Da Redação
Publicado em 19 de maio de 2014 às 10h54.
Nairóbi - O Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) da ONU advertiu nesta segunda-feira sobre uma situação de "emergência" na Somália que pode levar a uma crise de fome como a de 2011, que matou 258 mil pessoas.
"Mais uma vez, o país se encontra com uma emergência a poucos passos", avisou hoje o chefe da OCHA, Philippe Lazzarini, em entrevista coletiva realizada em Nairóbi, ao ressaltar que as "necessidades humanitárias continuam sendo grandes".
Atualmente, cerca de 857 mil pessoas precisam de "assistência urgente", enquanto outros 2 milhões de somalis têm grandes dificuldades para ter suas necessidades alimentícias cobertas em junho.
Perguntado se pode haver novamente este ano uma crise de fome como a que atingiu o país do Chifre da África em 2011, o coordenador humanitário da ONU para a Somália não descartou a possibilidade, apesar de torcer para que "não ocorra".
Lazzarini lembrou que, em 2011, foram dados "dezesseis alertas" antes de a comunidade internacional decidir se mobilizar para salvar vidas na Somália.
Agora, ressaltou, "já se foram dados seis alertas. A primeira aconteceu em novembro de 2013".
"A situação é alarmantemente similar à qual havia antes da crise de fome de 2011", afirmou o coordenador, que ressaltou que a OCHA precisa atualmente de "um mínimo de US$ 60 milhões para evitar uma emergência nas próximas semanas", e poder atender a quase 3 milhões de pessoas na Somália.
"No que vai de 2014 - precisou - recebemos menos de US$ 160 milhões, o que só representa 17% dos US$ 933 milhões requeridos para responder às necessidades até final de ano".
Segundo a ONU, a segurança alimentar do país "é provável que piore nos próximos meses devido à combinação do atraso das chuvas (que afeta as plantações), o contínuo conflito e o aumento dos preços dos alimentos".
Para demonstrar a gravidade da situação, Lazzarini disse que "uma de cada sete crianças menores de cinco anos está muito desnutrida", daí que "uma de cada dez crianças somalianas morra antes de seu primeiro aniversário".
Dentro do conflito que o país vive, a milícia radical islâmica Al Shabab está contribuindo para agravar o problema com o bloqueio das principais rotas de abastecimento de alimentos, como parte de sua luta contra o exército somali e a força multinacional da Missão da União Africana no país (AMISOM).
Nairóbi - O Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) da ONU advertiu nesta segunda-feira sobre uma situação de "emergência" na Somália que pode levar a uma crise de fome como a de 2011, que matou 258 mil pessoas.
"Mais uma vez, o país se encontra com uma emergência a poucos passos", avisou hoje o chefe da OCHA, Philippe Lazzarini, em entrevista coletiva realizada em Nairóbi, ao ressaltar que as "necessidades humanitárias continuam sendo grandes".
Atualmente, cerca de 857 mil pessoas precisam de "assistência urgente", enquanto outros 2 milhões de somalis têm grandes dificuldades para ter suas necessidades alimentícias cobertas em junho.
Perguntado se pode haver novamente este ano uma crise de fome como a que atingiu o país do Chifre da África em 2011, o coordenador humanitário da ONU para a Somália não descartou a possibilidade, apesar de torcer para que "não ocorra".
Lazzarini lembrou que, em 2011, foram dados "dezesseis alertas" antes de a comunidade internacional decidir se mobilizar para salvar vidas na Somália.
Agora, ressaltou, "já se foram dados seis alertas. A primeira aconteceu em novembro de 2013".
"A situação é alarmantemente similar à qual havia antes da crise de fome de 2011", afirmou o coordenador, que ressaltou que a OCHA precisa atualmente de "um mínimo de US$ 60 milhões para evitar uma emergência nas próximas semanas", e poder atender a quase 3 milhões de pessoas na Somália.
"No que vai de 2014 - precisou - recebemos menos de US$ 160 milhões, o que só representa 17% dos US$ 933 milhões requeridos para responder às necessidades até final de ano".
Segundo a ONU, a segurança alimentar do país "é provável que piore nos próximos meses devido à combinação do atraso das chuvas (que afeta as plantações), o contínuo conflito e o aumento dos preços dos alimentos".
Para demonstrar a gravidade da situação, Lazzarini disse que "uma de cada sete crianças menores de cinco anos está muito desnutrida", daí que "uma de cada dez crianças somalianas morra antes de seu primeiro aniversário".
Dentro do conflito que o país vive, a milícia radical islâmica Al Shabab está contribuindo para agravar o problema com o bloqueio das principais rotas de abastecimento de alimentos, como parte de sua luta contra o exército somali e a força multinacional da Missão da União Africana no país (AMISOM).