Nações Unidas - A ONU reiterou nesta quarta-feira suas chamadas para evitar um espiral de violência no Oriente Médio e evitar a "perigosa maré" na qual se encontra a região pelo conflito entre israelenses e palestinos.

"É hora de restaurar (...) a esperança que está em perigo de ser sufocada pelas agendas de ódio", afirmou perante o Conselho de Segurança da ONU o subsecretário-geral para Assuntos Políticos das Nações Unidas, Jeffrey Feltman.

O alto funcionário da ONU fez um balanço dos últimos incidentes registrados em Israel e nos territórios palestinos em uma exposição que foi seguida por consultas privadas, sem que fosse adotada nenhum tipo de decisão.

Feltman disse que é "palpável" o risco de uma escalada da violência na região pelos atos de violência perpetrados por "elementos extremistas" no mês passado, coincidindo com o primeiro aniversário da ofensiva israelense sobre Gaza.

Entre os fatos que mencionou está o ataque de 31 de julho contra uma família palestina em Duma (Cisjordânia), que causou a morte do pai e de uma criança de um ano e meio, enquanto outros dois membros da mesma família "continuam lutando por sua vida".

Fatos como este são possíveis "pelo entorno criado pelo resultado de uma política de assentamentos ilegais de Israel que se prolonga há décadas", acrescentou Feltman.

"Vinte anos de negociações fracassadas criaram desconfiança e, mais ainda, a extinção da esperança", acrescentou.

Nesse contexto, o alto representante da ONU reiterou suas chamadas para "restaurar a confiança" entre as partes, como passo prévio ao "retorno de negociações realistas".