ONG alerta para situação dramática de vítimas do Boko Haram
Das mais de 800 crianças examinadas, pelo menos 19% apresentavam desnutrição aguda severa
Da Redação
Publicado em 22 de junho de 2016 às 17h05.
Quase 200 pessoas morreram em um mês, no campo dos deslocados que fugiram do alcance do Boko Haram no nordeste da Nigéria - alertou a organização francesa Médicos sem Fronteiras (MSF), nesta quarta-feira (22), evocando necessidades humanitárias "além do imaginável".
Pela primeira vez uma equipe da MSF conseguiu chegar, na terça-feira (21), ao acampamento de Bama, a 70 km da capital do estado de Borno, Maiduguri. Nesse local, cerca de 24.000 deslocados, entre eles 15.000 crianças, vivem "em uma situação sanitária desastrosa", denunciou a ONG em um comunicado.
Das mais de 800 crianças examinadas, pelo menos 19% apresentavam desnutrição aguda severa. De acordo com a MSF, 16 crianças, em risco imediato de morte, foram transferidas para um centro médico de Maiduguri.
No cemitério perto do campo, a equipe também contabilizou 1.233 novos túmulos cavados no último anos. Entre eles, 480 são sepulturas de crianças.
Desde 23 de maio, em um mês, pelo menos 188 pessoas morreram nesse acampamento, o que equivale a quase seis óbitos por dia. As causas mais comuns são diarreia e desidratação, acrescenta a ONG francesa.
"As necessidades da população estão além do imaginável", advertiu a chefe da MSF na Nigéria, Ghada Hatim.
"Os deslocados falaram de crianças mortas de fome, de novos túmulos cavados diariamente. Eles contaram, em alguns dias, mais de 30 pessoas mortas de fome e de doenças. Essas taxas de mortalidade mostram a que ponto a situação é crítica, bem além dos limiares da urgência", frisou Ghada.
As autoridades de Borno e as organizações humanitárias internacionais já lançaram um alerta sobre o estado de desnutrição sofrido pelos deslocados do nordeste da Nigéria e da região do lago Chade. Todos fugiram dos ataques dos islamitas armados do Boko Haram.
Em 15 de junho, o governo de Borno disse ter transferido de Bama para Maiduguri quase 700 pessoas vítimas de desnutrição, crianças em sua maioria.
Quase 200 pessoas morreram em um mês, no campo dos deslocados que fugiram do alcance do Boko Haram no nordeste da Nigéria - alertou a organização francesa Médicos sem Fronteiras (MSF), nesta quarta-feira (22), evocando necessidades humanitárias "além do imaginável".
Pela primeira vez uma equipe da MSF conseguiu chegar, na terça-feira (21), ao acampamento de Bama, a 70 km da capital do estado de Borno, Maiduguri. Nesse local, cerca de 24.000 deslocados, entre eles 15.000 crianças, vivem "em uma situação sanitária desastrosa", denunciou a ONG em um comunicado.
Das mais de 800 crianças examinadas, pelo menos 19% apresentavam desnutrição aguda severa. De acordo com a MSF, 16 crianças, em risco imediato de morte, foram transferidas para um centro médico de Maiduguri.
No cemitério perto do campo, a equipe também contabilizou 1.233 novos túmulos cavados no último anos. Entre eles, 480 são sepulturas de crianças.
Desde 23 de maio, em um mês, pelo menos 188 pessoas morreram nesse acampamento, o que equivale a quase seis óbitos por dia. As causas mais comuns são diarreia e desidratação, acrescenta a ONG francesa.
"As necessidades da população estão além do imaginável", advertiu a chefe da MSF na Nigéria, Ghada Hatim.
"Os deslocados falaram de crianças mortas de fome, de novos túmulos cavados diariamente. Eles contaram, em alguns dias, mais de 30 pessoas mortas de fome e de doenças. Essas taxas de mortalidade mostram a que ponto a situação é crítica, bem além dos limiares da urgência", frisou Ghada.
As autoridades de Borno e as organizações humanitárias internacionais já lançaram um alerta sobre o estado de desnutrição sofrido pelos deslocados do nordeste da Nigéria e da região do lago Chade. Todos fugiram dos ataques dos islamitas armados do Boko Haram.
Em 15 de junho, o governo de Borno disse ter transferido de Bama para Maiduguri quase 700 pessoas vítimas de desnutrição, crianças em sua maioria.