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Onda democrata vai acelerar o fim do governo Trump?

Norte-americanos vão às urnas nesta terça; democratas encaram eleição para deputados, senadores e governadores como revanche contra o presidente republicano

Votação nos EUA: Estão em disputa 435 cadeiras para a Câmara, e um terço dos 100 assentos para o Senado

Votação nos EUA: Estão em disputa 435 cadeiras para a Câmara, e um terço dos 100 assentos para o Senado

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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2018 às 06h18.

Última atualização em 6 de novembro de 2018 às 13h27.

Estão marcadas para esta terça-feira as eleições de meio de mandato dos Estados Unidos, que podem vaticinar o poderio legislativo dos republicanos ou devolver o controle do Congresso aos democratas. De qualquer forma, o futuro do governo de Donald Trump está em jogo.

 

Estão em disputa 435 cadeiras para a Câmara, e um terço dos 100 assentos para o Senado. Além disso, 36 dos 50 estados americanos renovarão seus governadores. Os democratas encaram a oportunidade como uma revanche. Figuras públicas com o ex-presidente Barack Obama e a apresentadora de televisão Oprah Winfrey são exemplos de porta-vozes do partido em diversas regiões do país.

Os democratas precisam conquistar 23 cadeiras dos republicanos para ter maioria no Congresso. Segundo pesquisa do jornal The Washington Post, o partido Democrata garantirá maioria dos assentos na Câmara, mas o Senado continuará com maioria republicana. Para conquistar o Senado, os democratas precisariam vencer os republicanos nos estados de Virginia, Dakota do Norte, Montana, Indiana, Florida, e ainda disputar assentos no Texas e em Tennessee, estados majoritariamente conservadores.

A possível vitória dos democratas pode sugerir o início de uma onda que custe a reeleição de Trump em 2020. Apesar dos ótimos números econômicos de seu mandato, o presidente é aprovado por apenas 41% da população (ante 45% de seu início de mandato).

“Vá votar”, exclamou o presidente no domingo em seu quarto comício de fim de semana, em Chattanooga, Tennessee. Ontem, ele discursou em outros três atos em estados do centro-oeste. “A onda azul não é mais ouvida”, disse ele na noite de domingo, referindo-se à ampla ofensiva democrata que algumas pesquisas previram meses atrás.

Os argumentos mais fortes de Trump são o pleno emprego e a forte política de contenção de imigrantes. O mais novo episódio acontece na fronteira com o México, que se tornou palco de caravanas de imigrantes vindos da América Central. “Os democratas querem convidar os clandestinos para inundar o país, caravana após caravana”, disse Trump. “É uma invasão, não estou interessado no que a mídia falsa diz, é uma invasão do nosso país”.

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