Ciência

Com alta de casos da Ômicron, novas variantes devem surgir, diz OMS

Em coletiva à imprensa, Tedros Adhanom informou que na semana passada foram registrados mais de 18 milhões de casos da doença

Diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus (Christopher Black/OMS/Reuters)

Diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus (Christopher Black/OMS/Reuters)

A

AFP

Publicado em 18 de janeiro de 2022 às 16h20.

Última atualização em 18 de janeiro de 2022 às 16h28.

A pandemia de covid-19 "está longe de terminar", alertou nesta terça-feira, 18, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS). Tedros Adhanom disse que a alta no número de casos de covid-19, por conta da cepa Ômicron, torna provável que novos variantes do coronavírus surjam. Em coletiva à imprensa, o diretor da OMS informou que na semana passada foram registrados mais de 18 milhões de casos da doença.

"O número de mortes permanece estável até o momento, mas nos preocupamos com o impacto da Ômicron está tendo em sistemas de saúde exaustos e sobrecarregados", afirmou. "Esta pandemia está longe de terminar e dado o incrível crescimento da ômicron em todo o mundo, é provável que surjam novas variantes", acrescentou.

Em 11 de janeiro, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) estimou que, embora a doença ainda esteja em fase de pandemia, a disseminação da variante ômicron transformará a covid-19 em uma doença endêmica com a qual a humanidade pode aprender a lidar.

"À medida que a imunidade aumenta na população – e com a ômicron, haverá muita imunidade natural além da vacinação – avançaremos rapidamente para um cenário mais próximo da endemicidade", disse Marco Cavaleri, chefe da estratégia de vacinas da EMA, com sede em Amsterdam.

Na Suíça, o ministro da Saúde, Alain Berset, também estimou na semana passada que a variante ômicron poderia ser "o começo do fim" da pandemia.

Mas o chefe da OMS é muito mais cauteloso e mais uma vez ressaltou que a variante ômicron não é benigna.

"Em alguns países, os casos de covid parecem ter atingido o pico, dando esperança de que o pior desta última onda já passou, mas nenhum país está fora de perigo ainda", disse ele a repórteres.

O responsável expressou particular preocupação com o fato de muitos países terem baixas taxas de vacinação contra a covid: "As pessoas correm mais risco de sofrer de formas graves da doença ou de morrer se não forem vacinadas".

A "ômicron pode ser menos grave em média, mas a narrativa de que é uma doença leve é enganosa (e) prejudica a resposta geral e custa mais vidas", disse Tedros.

yt thumbnail
Acompanhe tudo sobre:CoronavírusOMS (Organização Mundial da Saúde)Pandemia

Mais de Ciência

Como esta cientista curou o próprio câncer de mama — e por que isso não deve ser repetido

Disney expande lançamentos de filmes no dinâmico mercado chinês

Polícia faz detonação controlada de pacote suspeito perto da Embaixada dos EUA em Londres

Múmia de filhote de tigre dente-de-sabre é encontrada 'intacta'; veja foto