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Ocidente discutiu grande corte em sanções ao Irã, diz Israel

Benjamin Netanyahu alertou na quarta-feira que um "mau acordo" com o Irã a respeito do seu programa nuclear poderá levar a uma guerra

Usina no Irã: ministro israelense disse que o eventual acordo -que incluiria uma autorização para a retomada das exportações iranianas de petróleo e ouro- reduziria em até 40% o impacto das sanções (Majid Asgaripour/AFP)
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Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2013 às 10h26.

São Paulo - O primeiro-ministro de Israel , Benjamin Netanyahu, alertou na quarta-feira que um "mau acordo" com o Irã a respeito do seu programa nuclear poderá levar a uma guerra, e assessores dele contestaram a avaliação dos EUA de que foi oferecido um alívio apenas "modesto" a Teerã.

O Irã e seis potências mundiais têm obtido avanços nas últimas semanas rumo a um acordo que restrinja o programa nuclear iraniano, em troca de um alívio às sanções. Os EUA e seus aliados, inclusive Israel, suspeitam que Teerã esteja tentando desenvolver armas atômicas, e por isso o Irã está há anos sob sanções internacionais, apesar de insistir no caráter pacífico das suas atividades.

Um ministro israelense disse que o eventual acordo -que incluiria uma autorização para a retomada das exportações iranianas de petróleo e ouro- reduziria em até 40 por cento o impacto das sanções, representando uma cifra de 15 a 20 bilhões de dólares.

Israel vem alertando seus aliados contra o acordo com o Irã, argumentando que a República Islâmica está enganando o mundo ao adotar uma postura mais conciliadora desde a posse do presidente moderado Hassan Rouhani, em junho.

As negociações do Irã com as seis potências -EUA, Rússia, China, Grã-Bretanha, França e Alemanha- devem ser retomadas no dia 20, em Genebra, num clima de grande otimismo.

Uma fonte bem informada sobre as discussões disse à Reuters que o Irã poderá conseguir autorização para vender 3,5 bilhões de dólares em petróleo nos próximos seis meses, além de 2 a 3 bilhões de dólares em produtos petroquímicos e 1 a 2 bilhões em ouro.

Na atual cotação, isso representaria uma autorização para a venda de 200 mil barris adicionais por dia, ou cerca de 20 por cento de aumento nas exportações.


Essa fonte, que criticou a oferta, disse que o acordo em discussão prevê também a possibilidade de Teerã importar cerca de 7,5 bilhões de dólares em alimentos e remédios, além de 5 bilhões de dólares em outros produtos atualmente proibidos.

Várias fontes oficiais envolvidas nas discussões dizem que não irão discutir detalhes enquanto as negociações estiverem em andamento.

Falando ao Parlamento israelense, em Jerusalém, Netanyahu disse que manter a pressão econômica ao Irã é a melhor alternativa, já que as outras seriam um acordo ruim ou uma guerra.

"Eu chegaria a dizer que um acordo ruim pode levar à segunda e indesejada opção", disse ele.

Israel, supostamente a única potência nuclear do Oriente Médio, há anos adverte que pode usar a força para impedir Teerã de desenvolver um arsenal atômico que ameace o Estado judeu.

Essa posição cria atrito com os EUA, principais aliados de Israel no mundo, que insistem na necessidade de buscar uma solução negociada. No mês passado, o presidente Barack Obama disse que a primeira fase de um eventual acordo envolveria "um alívio muito modesto" nas sanções ao Irã, o que seria facilmente reversível.

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São Paulo - O primeiro-ministro de Israel , Benjamin Netanyahu, alertou na quarta-feira que um "mau acordo" com o Irã a respeito do seu programa nuclear poderá levar a uma guerra, e assessores dele contestaram a avaliação dos EUA de que foi oferecido um alívio apenas "modesto" a Teerã.

O Irã e seis potências mundiais têm obtido avanços nas últimas semanas rumo a um acordo que restrinja o programa nuclear iraniano, em troca de um alívio às sanções. Os EUA e seus aliados, inclusive Israel, suspeitam que Teerã esteja tentando desenvolver armas atômicas, e por isso o Irã está há anos sob sanções internacionais, apesar de insistir no caráter pacífico das suas atividades.

Um ministro israelense disse que o eventual acordo -que incluiria uma autorização para a retomada das exportações iranianas de petróleo e ouro- reduziria em até 40 por cento o impacto das sanções, representando uma cifra de 15 a 20 bilhões de dólares.

Israel vem alertando seus aliados contra o acordo com o Irã, argumentando que a República Islâmica está enganando o mundo ao adotar uma postura mais conciliadora desde a posse do presidente moderado Hassan Rouhani, em junho.

As negociações do Irã com as seis potências -EUA, Rússia, China, Grã-Bretanha, França e Alemanha- devem ser retomadas no dia 20, em Genebra, num clima de grande otimismo.

Uma fonte bem informada sobre as discussões disse à Reuters que o Irã poderá conseguir autorização para vender 3,5 bilhões de dólares em petróleo nos próximos seis meses, além de 2 a 3 bilhões de dólares em produtos petroquímicos e 1 a 2 bilhões em ouro.

Na atual cotação, isso representaria uma autorização para a venda de 200 mil barris adicionais por dia, ou cerca de 20 por cento de aumento nas exportações.


Essa fonte, que criticou a oferta, disse que o acordo em discussão prevê também a possibilidade de Teerã importar cerca de 7,5 bilhões de dólares em alimentos e remédios, além de 5 bilhões de dólares em outros produtos atualmente proibidos.

Várias fontes oficiais envolvidas nas discussões dizem que não irão discutir detalhes enquanto as negociações estiverem em andamento.

Falando ao Parlamento israelense, em Jerusalém, Netanyahu disse que manter a pressão econômica ao Irã é a melhor alternativa, já que as outras seriam um acordo ruim ou uma guerra.

"Eu chegaria a dizer que um acordo ruim pode levar à segunda e indesejada opção", disse ele.

Israel, supostamente a única potência nuclear do Oriente Médio, há anos adverte que pode usar a força para impedir Teerã de desenvolver um arsenal atômico que ameace o Estado judeu.

Essa posição cria atrito com os EUA, principais aliados de Israel no mundo, que insistem na necessidade de buscar uma solução negociada. No mês passado, o presidente Barack Obama disse que a primeira fase de um eventual acordo envolveria "um alívio muito modesto" nas sanções ao Irã, o que seria facilmente reversível.

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