OCDE revisa para baixo perspectiva de crescimento de países do G7
Com exceção do Japão, os países mais ricos crescerão no segundo semestre a ritmo inferior a 1%
Da Redação
Publicado em 8 de setembro de 2011 às 08h33.
Paris - A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revisou nesta quinta-feira para baixo as perspectivas de crescimento do Grupo dos Sete (G7, que reúne os países mais ricos) e calcula que, com exceção do Japão, crescerão no segundo semestre a ritmo inferior a 1%.
Em relatório de perspectivas interinas sobre o G7 publicado nesta quinta-feira, a OCDE precisou que a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) será negativo no quarto trimestre na Alemanha (-1,4% em ritmo anual) e no terceiro na Itália (-0,1% anualizado).
No caso dos Estados Unidos, o PIB progredirá para 1,1% entre julho e setembro e 0,4% nos três últimos meses do ano.
Japão vai tomar distância dos demais, mas em consequência dos efeitos do terremoto de março e da catástrofe nuclear.
No conjunto do G7, o ritmo do crescimento econômico será de 1,6% no terceiro trimestre e de 0,2% no quarto, após ter constatado 0,8% no primeiro e 0,4% no segundo.
Os autores do estudo advertiram que há uma grande incerteza, embora não desejam uma inflexão "da magnitude" da que ocorreu em 2008-2009.
Entre os múltiplos fatores de risco citados está a possibilidade "de a crise da dívida soberana se intensificar de novo" e lembraram que o aumento do diferencial da dívida da Itália e Espanha levou ao Banco Central Europeu a intervir.
O primeiro passo é implementar os acordos da cúpula europeia de 21 de julho. Para deter o contágio e restabelecer a confiança é preciso também "melhorar a governança da zona do euro e reforçar a capitalização dos bancos" devido a sua exposição aos países em pior situação fiscal.
Outros motivos de preocupação são os baixos níveis na construção de casas, de investimento empresarial e de consumo, e a queda limitada do preço do petróleo e de outras matérias-primas, além da tensão de balanços dos bancos, que poderiam endurecer as condições financeiras.
A outra face da moeda são elementos potencialmente positivos, como o fim dos fatores que provocaram a detenção brusca econômica na Alemanha e na França no segundo trimestre e números do orçamento dos Estados Unidos melhores do antecipado.
Além da situação em seus estados-membros, a OCDE assinalou que o comércio mundial se estagnou no segundo trimestre, e só em parte pela interrupção do abastecimento nas linhas de montagem devido ao desastre do Japão em março.
Os desequilíbrios financeiros globais seguem sendo amplos pelo aumento dos excedentes chineses graças a uma taxa de câmbio basicamente estável da divisa e pelas fortes receitas dos exportadores de petróleo pelos preços históricos do "ouro negro".
Os analistas da organização aconselharam redução das taxas de juros de forma seletiva e em outros casos discursos dos bancos centrais e compromissos que o preço do dinheiro seguirá baixo por um período prolongado.
Pediram aos países emergentes a retirada de medidas monetárias se a inflação atingir o objetivo e permitam apreciação de suas moedas quando o índice de preços se mantiver elevado e a balança comercial positiva progride.
Paris - A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revisou nesta quinta-feira para baixo as perspectivas de crescimento do Grupo dos Sete (G7, que reúne os países mais ricos) e calcula que, com exceção do Japão, crescerão no segundo semestre a ritmo inferior a 1%.
Em relatório de perspectivas interinas sobre o G7 publicado nesta quinta-feira, a OCDE precisou que a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) será negativo no quarto trimestre na Alemanha (-1,4% em ritmo anual) e no terceiro na Itália (-0,1% anualizado).
No caso dos Estados Unidos, o PIB progredirá para 1,1% entre julho e setembro e 0,4% nos três últimos meses do ano.
Japão vai tomar distância dos demais, mas em consequência dos efeitos do terremoto de março e da catástrofe nuclear.
No conjunto do G7, o ritmo do crescimento econômico será de 1,6% no terceiro trimestre e de 0,2% no quarto, após ter constatado 0,8% no primeiro e 0,4% no segundo.
Os autores do estudo advertiram que há uma grande incerteza, embora não desejam uma inflexão "da magnitude" da que ocorreu em 2008-2009.
Entre os múltiplos fatores de risco citados está a possibilidade "de a crise da dívida soberana se intensificar de novo" e lembraram que o aumento do diferencial da dívida da Itália e Espanha levou ao Banco Central Europeu a intervir.
O primeiro passo é implementar os acordos da cúpula europeia de 21 de julho. Para deter o contágio e restabelecer a confiança é preciso também "melhorar a governança da zona do euro e reforçar a capitalização dos bancos" devido a sua exposição aos países em pior situação fiscal.
Outros motivos de preocupação são os baixos níveis na construção de casas, de investimento empresarial e de consumo, e a queda limitada do preço do petróleo e de outras matérias-primas, além da tensão de balanços dos bancos, que poderiam endurecer as condições financeiras.
A outra face da moeda são elementos potencialmente positivos, como o fim dos fatores que provocaram a detenção brusca econômica na Alemanha e na França no segundo trimestre e números do orçamento dos Estados Unidos melhores do antecipado.
Além da situação em seus estados-membros, a OCDE assinalou que o comércio mundial se estagnou no segundo trimestre, e só em parte pela interrupção do abastecimento nas linhas de montagem devido ao desastre do Japão em março.
Os desequilíbrios financeiros globais seguem sendo amplos pelo aumento dos excedentes chineses graças a uma taxa de câmbio basicamente estável da divisa e pelas fortes receitas dos exportadores de petróleo pelos preços históricos do "ouro negro".
Os analistas da organização aconselharam redução das taxas de juros de forma seletiva e em outros casos discursos dos bancos centrais e compromissos que o preço do dinheiro seguirá baixo por um período prolongado.
Pediram aos países emergentes a retirada de medidas monetárias se a inflação atingir o objetivo e permitam apreciação de suas moedas quando o índice de preços se mantiver elevado e a balança comercial positiva progride.