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OCDE prevê crescimento mundial e desemprego em alta

Entidade acredita que o crescimento mundial deve ficar em 4,2% em 2011; relatório tem elogios aos investimentos em infraestrutura no Brasil

Apesar do desemprego, a previsão da OCDE é de crescimento em 2011 e 2012 (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2011 às 14h56.

Paris - A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) prevê um crescimento mundial para este ano de 4,2% e de 4,6% para 2012, apesar das sombras de uma recessão sobre países como o Japão (-0,9%), da crise da dívida soberana no mundo desenvolvido e do desemprego.

"A recuperação mundial está em marcha, mas ocorre em ritmos diferentes, de acordo com os países e as regiões", adverte o relatório Perspectivas Econômicas, divulgado nesta quarta-feira em Paris, onde a OCDE celebra seu 50º aniversário.

Os 34 países da OCDE crescerão em média este ano 2,3% e 2,8% em 2012, enquanto o crescimento das economias da Zona do Euro será de 2% tanto neste como no próximo ano.

Nos Estados Unidos, a atividade deve crescer este ano 2,6% e 3,1% no próximo.

Por outro lado, a situação continua difícil para o Japão. A OCDE já havia revisado em abril a previsão de crescimento para este ano em 0,8%, menos do que a previsão antes do terremoto, do tsunami e da crise nuclear, que era de 1,7%. A organização espera uma recessão de 0,9% em 2011 seguida de um crescimento de 2,2% em 2012.

Entre os países desenvolvidos, os registros negativos serão este ano da Grécia, com um retrocesso de 2,9% antes de voltar a crescer no próximo 0,6%, e de Portugal, com -2,1% e -1,5% respectivamente, mergulhados na crise da dívida que levou-os, assim como a Irlanda, a recorrer às ajudas da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional em troca de rígidos programas de ajuste.

Entre os países emergentes, a OCDE prevê que a China lidere o crescimento mundial, com um aumento de 9% de seu PIB este ano e de 9,2% em 2012, acompanhada da Índia, que crescerá 8,5% e 8,6%, respectivamente.

O PIB do Brasil crescerá em 2011 4,1%, frente a 7,5% em 2010, para subir novamente em 2012 para 4,5%, graças aos investimentos "enormes" em infraestrutura, que permitirão alimentar um "crescimento sólido" nos próximos anos.

Para a Espanha, que enfrenta uma onda de manifestações contra o contexto socioeconômico do país, a OCDE prevê um crescimento de 1% este ano e de 1,5% no próximo, que será acompanhado por uma "lenta diminuição" do desemprego.

Apesar disso, o secretário-geral, o mexicano Angel Gurría, adverte que é "um momento delicado para a economia mundial e a crise não terminará até que as economias comecem a criar empregos suficientes".

Apenas nos 34 países da zona da OCDE, 50 milhões de pessoas estão desempregadas, alerta a organização, que pede que os poderes públicos adotem medidas para facilitar a criação de postos de trabalho.

Mas não o desemprego não é o único problema. A organização alerta para os riscos de a situação se deteriorar, sobretudo, se os preços do petróleo e das matérias-primas continuarem aumentando, o que poderá alimentar a inflação subjacente.

A redução do ritmo maior que o previsto da economia chinesa e a "instável" situação orçamentária nos Estados Unidos e no Japão, além uma nova queda nos mercados imobiliários de vários países da OCDE, também podem complicar as coisas.

A organização pede aos países que reduzam sua dívida, que se situa acima de 100% do PIB nos países da OCDE, ou seja, 30% em média a mais que antes da crise.

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"A recuperação mundial está em marcha, mas ocorre em ritmos diferentes, de acordo com os países e as regiões", adverte o relatório Perspectivas Econômicas, divulgado nesta quarta-feira em Paris, onde a OCDE celebra seu 50º aniversário.

Os 34 países da OCDE crescerão em média este ano 2,3% e 2,8% em 2012, enquanto o crescimento das economias da Zona do Euro será de 2% tanto neste como no próximo ano.

Nos Estados Unidos, a atividade deve crescer este ano 2,6% e 3,1% no próximo.

Por outro lado, a situação continua difícil para o Japão. A OCDE já havia revisado em abril a previsão de crescimento para este ano em 0,8%, menos do que a previsão antes do terremoto, do tsunami e da crise nuclear, que era de 1,7%. A organização espera uma recessão de 0,9% em 2011 seguida de um crescimento de 2,2% em 2012.

Entre os países desenvolvidos, os registros negativos serão este ano da Grécia, com um retrocesso de 2,9% antes de voltar a crescer no próximo 0,6%, e de Portugal, com -2,1% e -1,5% respectivamente, mergulhados na crise da dívida que levou-os, assim como a Irlanda, a recorrer às ajudas da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional em troca de rígidos programas de ajuste.

Entre os países emergentes, a OCDE prevê que a China lidere o crescimento mundial, com um aumento de 9% de seu PIB este ano e de 9,2% em 2012, acompanhada da Índia, que crescerá 8,5% e 8,6%, respectivamente.

O PIB do Brasil crescerá em 2011 4,1%, frente a 7,5% em 2010, para subir novamente em 2012 para 4,5%, graças aos investimentos "enormes" em infraestrutura, que permitirão alimentar um "crescimento sólido" nos próximos anos.

Para a Espanha, que enfrenta uma onda de manifestações contra o contexto socioeconômico do país, a OCDE prevê um crescimento de 1% este ano e de 1,5% no próximo, que será acompanhado por uma "lenta diminuição" do desemprego.

Apesar disso, o secretário-geral, o mexicano Angel Gurría, adverte que é "um momento delicado para a economia mundial e a crise não terminará até que as economias comecem a criar empregos suficientes".

Apenas nos 34 países da zona da OCDE, 50 milhões de pessoas estão desempregadas, alerta a organização, que pede que os poderes públicos adotem medidas para facilitar a criação de postos de trabalho.

Mas não o desemprego não é o único problema. A organização alerta para os riscos de a situação se deteriorar, sobretudo, se os preços do petróleo e das matérias-primas continuarem aumentando, o que poderá alimentar a inflação subjacente.

A redução do ritmo maior que o previsto da economia chinesa e a "instável" situação orçamentária nos Estados Unidos e no Japão, além uma nova queda nos mercados imobiliários de vários países da OCDE, também podem complicar as coisas.

A organização pede aos países que reduzam sua dívida, que se situa acima de 100% do PIB nos países da OCDE, ou seja, 30% em média a mais que antes da crise.

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