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Obama sofre revés no Congresso com oposição de democratas

Chuck Schumer, um dos principais democratas no Senado dos Estados Unidos, disse que vai se opor ao compromisso firmado


	O presidente americano Barack Obama: ele tem se empenhado pessoalmente para defender o acordo
 (Mandel Ngan/AFP)

O presidente americano Barack Obama: ele tem se empenhado pessoalmente para defender o acordo (Mandel Ngan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2015 às 09h44.

Washington - A esperança do presidente norte-americano, Barack Obama, de preservar o acordo nuclear entre o Irã e as potências mundiais sofreu um revés na quinta-feira, quando Chuck Schumer, um dos principais democratas no Senado dos Estados Unidos, disse que vai se opor ao compromisso firmado.

A decisão de Schumer, anunciada em uma longa declaração, pode abrir caminho para mais congressistas democratas se posicionarem contra o pacto nuclear anunciado em 1 de julho entre os EUA, outras cinco potências mundiais e o Irã.

O senador de Nova York está entre os parlamentares judeus mais influentes nos Estados Unidos. Ele foi o primeiro democrata do Senado a anunciar sua oposição ao acordo.

Outro congressista influente da bancada judaica, o deputado Eliot Engel, o principal democrata no Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, também disse na quinta que iria opor-se ao acordo nuclear, em um comunicado obtido pela Reuters.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tem pressionado os legisladores a se oporem ao acordo nuclear, que ele considera uma ameaça à sobrevivência de seu país.

Alguns grupos pró-Israel também estão gastando milhões de dólares em uma campanha publicitária para pressionar os membros do Congresso a votar “não”.

Obama tem se empenhado pessoalmente para defender o acordo, incluindo um discurso combativo na quarta-feira em que disse que o abandono do pacto nuclear abriria a perspectiva de uma guerra.

Em declarações à imprensa em uma visita à capital vietnamita, Hanói, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, que negociou o acordo pelos EUA, disse respeitar Schumer e Engel, mas acrescentou que "a rejeição não é uma política para o futuro."

O Congresso dos EUA tem até o dia 17 de setembro para analisar uma resolução de desaprovação do acordo com o Irã. A rejeição do compromisso firmado impediria Obama de eliminar todas as sanções impostas ao Irã pelo Congresso dos EUA, um componente-chave do acordo.

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