Obama refuta uso imediato de droga experimental contra ebola
O presidente americano disse que os países afetados deveriam se concentrar em construir uma "infraestrutura pública forte"
Da Redação
Publicado em 6 de agosto de 2014 às 21h20.
O presidente americano, Barack Obama , estimou nesta quarta-feira que é prematuro usar o medicamento experimental desenvolvido nos Estados Unidos para tratar pessoas infectadas com o vírus ebola na África Ocidental.
Obama disse que os países afetados deveriam se concentrar em construir uma "infraestrutura pública forte", acrescentando que "acredito que devemos deixar que a ciência nos guie, e não creio que tenhamos todas as informações para determinar se este remédio é eficaz".
O presidente enfatizou que o ebola, um vírus que mata mais da metade dos infectados, "não é uma doença transmitida pelo ar".
"É uma doença que pode ser controlada e ser contida muito efetivamente se usarmos os protocolos adequados", afirmou.
Obama comentou ainda que "os países afetados são os primeiros a admitir que o que aconteceu é que os sistemas públicos de saúde se viram sobrecarregados. Não foram capazes de identificar e, então, isolar os casos rápido o suficientemente".
Segundo ele, os Estados Unidos estão trabalhando com sócios europeus e com a Organização Mundial de Saúde (OMS) para fornecer recursos que ajudem a conter a epidemia.
Pelo menos 932 pessoas morreram desde março na África Ocidental, segundo a OMS, vítimas do vírus ebola.
A doença pode ser transmitida pelo contato direto com fluidos de uma pessoa infectada.
Os sintomas incluem febre, diarreia, vômitos, ou sangramento.