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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
Brasília - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prorrogou por seis meses as sanções às empresas estrangeiras que usam propriedades em Cuba que foram expropriadas de norte-americanos, a partir da revolução de 1959. A medida se refere diretamente a um capítulo da Lei Helms-Burton, de 1996, que autoriza a adoção de sanções nesses casos. A iniciativa de Obama é considerada de rotina, segundo especialistas.
As informações são da Telam, a agência oficial de notícias da Argentina. Porém, Obama tomou a decisão no momento em que o governo do presidente de Cuba, Raúl Castro, fez um acordo com a Igreja Católica e o governo da Espanha para libertar 52 presos políticos. Os presos começaram a deixar a cadeia na última segunda-feira (12).
Paralelamente, comissões do Congresso apreciam um projeto de lei que reduz o embargo econômico, financeiro e comercial a Cuba. A proposta sugere desde o fim do bloqueio até a autorização para viagens ao país caribenho. Convertido em lei em 1992, o embargo impõe a Cuba uma série de restrições e é condenado pelas Nações Unidas.
Em um comunicado dirigido à Câmara dos Deputados e ao Senado, Obama informa sobre a decisão. Segundo ele, a prorrogação das sanções é "necessária para os interesses nacionais" como uma maneira de "acelerar a transição para a democracia" em Cuba . De acordo com o Departamento de Estado norte-americano, a decisão de libertar os 52 presos políticos cubanos foi "positiva". Segundo o órgão, representa um passo em direção a um crescente respeito pelos direitos humanos e liberdades fundamentais em Cuba.