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Obama ou Romney: continuidade ou um novo rumo para os EUA

Enquanto o presidente americano pede para terminar uma missão que está pela "metade", o republicano promete um novo rumo para a economia

Obama (E) e Romney: os americanos opinam que Romney está mais capacitado para acertar a economia, mas Obama é tido como melhor em questões sociais e política externa (Michael Reynolds/AFP)
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Da Redação

Publicado em 2 de novembro de 2012 às 20h56.

Washington - Em uma das campanhas mais apertadas da história recente dos Estados Unidos, o presidente e candidato democrata, Barack Obama, pede mais quatro anos para terminar uma missão que está "pela metade", e o republicano, Mitt Romney, promete um novo rumo para estimular a economia, aprovado por seu sucesso empresarial.

O empate entre ambos se confirma pesquisa após pesquisa e, se as projeções se cumprirem, quem vencer no dia 6 de novembro o fará por uma pequena margem de votos em estados cruciais e tradicionalmente indecisos como Flórida, Ohio e Virgínia.

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Obama, o primeiro presidente negro da história dos EUA, é o favorito entre as mulheres, os hispânicos e os afro-americanos. Já Romney, empresário há décadas e conhecido por sua gestão como governador de Massachusetts entre 2003 e 2007, leva vantagem entre os homens e a maioria branca do país.

Os americanos opinam, segundo as pesquisas, que Romney está mais capacitado para acertar a economia, principal preocupação do país, mas Obama é melhor considerado quando se trata de assuntos sociais e política externa.

As diferenças "mais acentuadas" entre os dois candidatos têm a ver com "saúde, guerras em curso, política migratória e assuntos de gênero como os direitos reprodutivos e a igualdade salarial", explicou à Agencia Efe Susan Burgess, professora de Ciências Políticas da Universidade de Ohio.

Obama aprovou em 2010 uma histórica reforma que estabelece o seguro médico obrigatório e Romney prometeu derrogá-la se chegar à Casa Branca, apesar de ser muito similar a uma lei que ele promulgou em Massachusetts quando era governador.

Também foi o presidente que pôs fim à Guerra do Iraque, fixou a retirada do Afeganistão para 2014 e autorizou a operação militar que matou o líder de Al Qaeda, Osama bin Laden, em maio de 2011.


No entanto, não cumpriu duas importantes promessas: o fechamento da polêmica prisão de Guantánamo e a reforma migratória.

Para conseguir ficar outros quatro anos na Casa Branca, Obama garantiu que iniciará essa reforma, assim como uma série de iniciativas para reativar a economia, que se resume em mais despesas em educação, empregos no setor manufatureiro, menos dependência do petróleo estrangeiro e mais impostos para os ricos.

Romney também tem seu próprio plano para que a economia americana se recupere da pior crise desde a Grande Depressão, baseado em reduzir o tamanho do governo e dos gastos públicos, exceto o destinado à defesa, e em baixar impostos para os cidadãos e as corporações.

Nas últimas semanas, ele se mostrou moderado em assuntos como a imigração e o aborto, em contraste com sua imagem firme conservadora durante o longo processo de primárias republicanas que começou em janeiro, definido em maio quando conseguiu a candidatura presidencial de seu partido.

Obama anunciou no ano passado que se candidataria à reeleição e teve, desde então, o apoio em bloco do Partido Democrata à sua candidatura.

Nas convenções republicana (agosto) e democrata (setembro), Romney e Obama aceitaram formalmente a candidatura para lutar pela presidência, e na reta final da campanha neste mês de outubro a atenção se centrou nos três debates televisados entre ambos.


No primeiro, Romney venceu claramente um Obama desconhecido, que parecia estar incomodado com o simples fato de debater, e nos outros dois, o último deles dedicado à política externa, o presidente venceu, segundo as pesquisas.

A julgar por essas mesmas pesquisas, Romney saiu beneficiado dos debates após um "setembro negro" no qual chegou a estar dez pontos atrás de Obama em estados-chave como Ohio, especialmente por causa da divulgação de um polêmico vídeo no qual menosprezava "47%" dos eleitores.

Mas a última palavra é de quem já está votando antecipadamente e dos que o farão em 6 de novembro para decidir quem leva, de um total de 538, os 270 votos do Colégio Eleitoral necessários para ser eleito presidente.

Nestas eleições também serão renovados um terço (33 cadeiras) do Senado, onde os democratas têm uma maioria muito apertada, e os 435 assentos da Câmara dos Representantes (deputados), que tem grandes possibilidades de continuar sob comando dos republicanos.

Além disso, em 39 dos 51 territórios que formam os EUA (50 estados mais o Distrito de Colúmbia) serão votadas 178 iniciativas legislativas de caráter estadual, meia centena das quais são propostas populares.

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