Mundo

Obama: militares dos EUA voltam com "honra" para casa

Entre 30 mil e 40 soldados americanos estão no Iraque, e serão retirados nas próximas duas semanas

O mandatário também alertou os vizinhos do Iraque que os EUA permanecerão no Oriente Médio mesmo após a retirada (Chip Somodevilla/Getty Images/AFP)

O mandatário também alertou os vizinhos do Iraque que os EUA permanecerão no Oriente Médio mesmo após a retirada (Chip Somodevilla/Getty Images/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2011 às 16h22.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, marcou nesta segunda-feira o fim oficial da Guerra do Iraque, após ter uma reunião com o presidente do Iraque, Nouri al-Maliki, e ao dizer que a "estação de volta para casa" chegou para os militares norte-americanos. Obama teve um encontro com Maliki no Salão Oval da Casa Branca.

A presidência dos EUA disse que o final da guerra foi algo grandioso, embora críticos se digam preocupados com os acontecimentos no Iraque após a retirada total das tropas americanas, que acontecerá até 31 de dezembro. Segundo Obama, os militares americanos voltarão do Iraque "com honra e de cabeça erguida".

O mandatário também alertou os vizinhos do Iraque que os EUA permanecerão no Oriente Médio mesmo após a retirada. "Nossa forte presença no Oriente Médio permanece. Nós não vacilaremos nunca na defesa dos nossos aliados, dos nossos parceiros e dos nossos interesses".

"Quando eu tomei posse, quase 150 mil soldados americanos estavam no Iraque. Eu prometi acabar com essa guerra de uma maneira responsável", disse Obama no começo da coletiva de imprensa. Ele continuou: Hoje apenas alguns milhares de soldados (dos EUA) estão no Iraque...e é uma estação de volta para casa. Familiares dos militares estão reunidos ao redor da América para os feriados", afirmou o mandatário.


Entre 30 mil e 40 soldados americanos estão no Iraque. Eles serão retirados nas próximas duas semanas. Cerca de 16 mil pessoas, incluídos "seguranças" continuarão uma presença estrangeira, principalmente americana, no Iraque.

A Guerra do Iraque começou em março de 2003, quando o então presidente dos EUA, George W. Bush, e o primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair, ordenaram a invasão militar para derrubar o ditador Saddam Hussein. A guerra custou US$ 1 trilhão e cobrou as vidas de 4.474 militares norte-americanos e dezenas de milhares de iraquianos. Pelo menos 1,5 milhão de iraquianos tornaram-se refugiados a partir de 2003, fugindo da violência sectária entre árabes xiitas e sunitas que tomou grande parte do país e prosseguiu até 2009.

As acusações de W. Bush para justificar a invasão, de que Saddam possuía armas de destruição em massa, mostraram-se falsas. Capturado em dezembro de 2003, Saddam foi enforcado pelo governo interino iraquiano em 2006.

Obama disse a Maliki que o Iraque não ficará só nos momentos de dificuldades. Segundo ele, o Iraque possui uma parceria longa com os EUA.

Contrato militar - Maliki, que falou através de um intérprete, disse que o Iraque está tomando o controle da própria segurança, mas ainda precisará da colaboração dos EUA, particularmente no compartilhamento de informações para combater o terrorismo. Ele disse que o Iraque gostaria de comprar mais caças de combate F-16 dos EUA.

Um pouco mais tarde em Washington, um funcionário do Pentágono disse que os EUA concordaram em vender ao Iraque mais um grupo de 18 caças F-16.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)GuerrasIraquePaíses ricos

Mais de Mundo

'Todo mundo com Edmundo!': oposição esquenta campanha presidencial na Venezuela

Biden e Trump trocam ataques em atos de campanha

Muro 'anti-Haiti' vira bandeira eleitoral na República Dominicana

Grécia vai construir a maior 'cidade inteligente' da Europa, com casas de luxo e IA no controle

Mais na Exame