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Obama e líderes seguem em impasse sobre paralisação

Presidente se encontrou com líderes republicanos e democratas para tentar romper um impasse que paralisou o governo

Presidente da Câmara dos Deputados, John Boehner,discursa após encontro com o presidente Barack Obama e outros líderes do Congresso na Casa Branca (Jason Reed/Reuters)

Presidente da Câmara dos Deputados, John Boehner,discursa após encontro com o presidente Barack Obama e outros líderes do Congresso na Casa Branca (Jason Reed/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2013 às 21h44.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se encontrou com líderes republicanos e democratas no Congresso nesta quarta-feira para tentar romper um impasse que paralisou amplos setores do governo federal, mas não houve uma solução.

Depois de mais de uma hora de negociações, o presidente da Câmara dos Deputados, John Boehner, disse que Obama recusou-se a negociar, enquanto a líder democrata na Câmara, Nancy Pelosi, e o líder democrata no Senado, Harry Reid, acusaram os republicanos de tentar manter o presidente refém do Obamacare, sua lei de saúde.

Reid afirmou que Obama disse aos republicanos que "ele não vai permitir" suas táticas.

Enquanto centenas de milhares de funcionários públicos federais enfrentavam um segundo dia sem remuneração, os líderes da Câmara dos Deputados, controlada pelos republicanos, e do Senado, dominado pelos democratas, propuseram concessões simbólicas que logo foram descartadas pelo outro lado. Obama, por sua vez, adiou uma viagem havia muito tempo planejada para a Ásia.

Os republicanos querem vincular o financiamento do governo a medidas que possam minar a lei proposta por Obama para o setor de saúde, e os democratas dizem que isso não é um começo (para resolver o impasse).

"O presidente reiterou mais uma vez que ele não vai negociar", afirmou Boehner a jornalistas após a reunião na Casa Branca. "Tudo que estamos pedindo aqui é uma discussão e integridade para o povo americano sob o Obamacare." Reid disse que os democratas estavam dispostos a discutir quaisquer formas de tentar resolver a questão do orçamento depois que um projeto de lei de financiamento temporário seja aprovado.

A paralisação, que entrou em vigor na segunda-feira à meia-noite (horário local), vem levantando questões sobre a habilidade de Washington cumprir suas funções essenciais.

Embora a paralisação possa causar relativamente poucos danos à maior economia do mundo no curto prazo, os mercados mundiais poderão ser afetados se o Congresso não elevar o limite da dívida antes de o poder das autoridades de tomar empréstimos se esgotar nas próximas semanas.

A paralisação provocou o fechamento de locais que são marcos do país, como o Grand Canyon, e alguns pacientes com câncer não puderem receber tratamento.

A United Technologies Corp , empresa que fabrica helicópteros Sikorsky e outros itens para os militares, disse que será obrigada a liberar até 4 mil funcionários em licença forçada na semana que vem por falta de inspeção federal da qualidade, caso a paralisação continue.

OBAMA IRRITADO "Se estou irritado? Absolutamente irritado. Porque isso é totalmente desnecessário", disse Obama à TV CNBC.

"Estou irritado com a ideia de que, a não ser que eu diga para 20 milhões de pessoas 'Vocês não podem ter seguro de saúde', essas pessoas não vão reabrir o governo. Isso é irresponsável." O principal general do Exército dos EUA disse que a paralisação está afetando significativamente as operações do dia-a-dia, e os líderes do setor de inteligência afirmam que está prejudicando sua capacidade de monitorar ameaças.

Um funcionário do Federal Reserve declarou que a situação poderia atrasar a capacidade do banco central do país de avaliar se os seus esforços de estímulo monetário ainda são necessários.

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