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Obama critica republicanos da Câmara por ameaça de processo

Deputados ameaçaram processar o presidente por emitir ordens sobre políticas que dificilmente seriam aprovadas na Câmara

Barack Obama caminha na Casa Branca, após voltar de uma viagem a Minneapolis (Yuri Gripas/Reuters)

Barack Obama caminha na Casa Branca, após voltar de uma viagem a Minneapolis (Yuri Gripas/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2014 às 17h12.

Minneapolis - O presidente norte-americano, Barack Obama, ficou enfurecido nesta sexta-feira com os republicanos que ameaçaram processá-lo por emitir ordens executivas para implementar políticas que dificilmente seriam aprovadas na Câmara dos Deputados, dominada pelos seus adversários.

“Eles não fazem outra coisa além de me bloquear e ofender”, disse Obama em um discurso sobre economia no fim de uma visita de dois dias a Minnesota.

Obama reagiu a uma ameaça do presidente da Câmara dos Deputados, John Boehner, que na quinta-feira disse estar considerando uma ação legal para acusar o presidente de extrapolar seus limites constitucionais ao adotar uma série de ordens executivas e outras medidas.

Obama está empenhado na campanha dos candidatos democratas ao Congresso neste ano, já que os republicanos têm uma chance de assumir o controle do Senado e aprofundar sua maioria na Câmara.

Tal desfecho sepultaria as chances de Obama obter a aprovação de leis importantes, como a reforma imigratória.

Neste ano, Obama usou as ordens executivas em temas como energia e educação para contornar a oposição republicana.

Seu governo também propôs regulamentos para limitar as emissões de carbono de usinas de energia e estuda maneiras de suavizar a repressão à imigração.

“Adotamos essas ações, e agora os republicanos estão bravos comigo por adotá-las. Não estão fazendo nada, e depois ficam bravos comigo por fazer algo. Não sei bem qual das coisas que fiz os ofende mais, mas decidiram me processar por fazer meu trabalho”, afirmou Obama no seu discurso.

As ações de Obama revoltaram seus adversários, e Boehner alegou que o presidente abusou da sua autoridade executiva ao implementar políticas sem apoio do Congresso.

O porta-voz de Boehner, Michael Steel, rejeitou as críticas do presidente, dizendo: “O povo norte-americano, seus representantes legais e a Suprema Corte expressaram sérias preocupações com a incapacidade do presidente seguir a constituição”.

Obama afirmou à plateia à qual falava que a inação republicana “deixa vocês loucos... e eu também”.

"Às vezes eu tenho que ser, vocês sabem, político sobre como eu digo as coisas, mas estou achando que ultimamente eu só quero dizer o que está na minha mente", disse ele.

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