(Dave Kotinsky/Getty Images)
Vanessa Barbosa
Publicado em 14 de janeiro de 2017 às 13h28.
Última atualização em 16 de janeiro de 2017 às 15h47.
São Paulo - Se você acha que o novo presidente dos Estados Unidos é uma figura polêmica, prepare-se para conhecer sua futura assessora, Monica Crowley.
Autora e colunista conservadora do canal de notícias americano Fox News, Crowley foi nomeada por Donald Trump diretora de comunicação estratégica do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos.
Seu currículo, porém, coleciona duas grandes manchas que a colocam sob um escrutínio público ferrenho. O primeiro (e mais notório) é um tuíte que a internet certamente jamais esquecerá.
Em outubro de 2015, durante uma viagem à Alemanha, Crowley publicou uma foto sua em frente ao Muro de Berlim, um símbolo da supressão de direitos humanos no bloco oriental durante a Guerra Fria, com o seguinte dizer:
"No Muro de Berlim na semana passada. Muros funcionam."
At the Berlin Wall last week. Walls work. pic.twitter.com/2N3B4IUhbj
— Monica Crowley (@MonicaCrowley) October 5, 2015
Era evidente que ninguém perdoaria, e o post rapidamente virou alvo de críticas na internet, por sua alusão à proposta de Trump de construir uma imensa barreira na fronteira com o México.
Acusações de plágio
Nesta semana, um novo episódio colocou a assessora de Trump novamente sob holofotes públicos. Um relatório divulgado pela CNN aponta que Crowley teria plagiado passagens em seu livro "What the (bleep) just happened?" publicado em 2012 pela HarperCollins.
Segundo a rede americana, ela teria copiado trechos de livros, sites da web, como Wikipedia, e artigos de notícias sem dar o devido crédito.
Na sequência da constatação, a revista Politico publicou indícios de que ela também teria plagiado trechos de obras acadêmicas em sua tese de doutorado com poucas ou nenhuma mudança da fonte e sem a devida atribuição.