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Número de refugiados sírios passa de 2 milhões, diz ONU

Mais de 2 milhões de refugiados deixaram a Síria para escapar da guerra civil, colocando pressão sobre países vizinhos que os recebem


	Refugiados sírios: multidão de crianças, mulheres e homens que cruza as fronteiras subiu quase 10 vezes nos últimos 12 meses, de acordo com dados do Acnur
 (Azad Lashkari/Reuters)

Refugiados sírios: multidão de crianças, mulheres e homens que cruza as fronteiras subiu quase 10 vezes nos últimos 12 meses, de acordo com dados do Acnur (Azad Lashkari/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2013 às 09h28.

Genebra - Mais de 2 milhões de refugiados deixaram a Síria para escapar da guerra civil, colocando pressão sobre países vizinhos que recebem os sírios, informou a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira.

A multidão de crianças, mulheres e homens que cruza as fronteiras subiu quase 10 vezes nos últimos 12 meses, de acordo com dados do Acnur, o órgão da ONU para os refugiados.

"A Síria tornou-se a maior tragédia deste século -- uma calamidade humanitária vergonhosa, com sofrimento e deslocamento sem paralelos na história recente", disse o chefe do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), António Guterres, em comunicado.

Em média, quase 5.000 pessoas buscam refúgio em países vizinhos à Síria a cada dia, de acordo com o relatório.

"Se a situação continuar a deteriorar-se neste nível, o número de refugiados irá apenas crescer, e alguns países vizinhos podem ser levados ao ponto de um colapso", disse a representante do Acnur e estrela de Hollywood Angelina Jolie.

O número de pessoas desabrigadas dentro da Síria manteve-se estável em torno de 4,25 milhões, segundo o Acnur.

Ministros de Iraque, Jordânia, Líbano e Turquia --os quatro principais países a receber os refugiados sírios-- encontrarão representantes do Acnur em Genebra na quarta-feira para buscar formas de aumentar a ajudar internacional.

A revolta de dois anos e meio na Síria contra as quatro décadas de regime da família do presidente Bashar al-Assad tornou-se uma guerra civil sectária cada vez maior, em que mais de 100 mil pessoas já foram mortas.

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