Mundo

Número de mortos no terremoto na China chega a 589

As fortes chuvas que caem na província e os deslizamentos de terra vêm complicando os trabalhos de resgate e a chegada de ajuda humanitária


	Yunnan, na China: equipes médicas se queixam da falta de provisões para atender aos feridos
 (China Daily/Reuters)

Yunnan, na China: equipes médicas se queixam da falta de provisões para atender aos feridos (China Daily/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2014 às 06h37.

Pequim - As autoridades provinciais de Yunnan, no sudoeste da China, elevaram nesta quarta-feira para 589 o número de mortos no terremoto que abalou a região no último domingo, 179 a mais do que ontem, e garantiram que nove pessoas ainda estão desaparecidas e que os feridos somam mais de 2,4 mil.

Entre os mortos, 504 se encontravam no condado de Ludian, o mais atingido pelo violento terremoto de magnitude 6,5 na escala Richter, e 72 no de Qiajoia, informou hoje a agência oficial "Xinhua".

As fortes chuvas que caem na província e os deslizamentos de terra vêm complicando os trabalhos de resgate e a chegada de ajuda humanitária.

O Ministério de Assuntos Civis da China pediu que a população se prepare para ajudar e que isso aconteça de forma "ordenada e efetiva".

"As primeiras 72 horas após um desastre são cruciais. Para garantir o resgate dos sobreviventes, aconselhamos aos voluntários não profissionais que não entrem, por conta própria, na área do terremoto para não atrapalhar o trânsito e as comunicações", disse Pang Chenmin, diretor da agência de ajuda e prevenção de desastres do ministério, segundo a "Xinhua".

Além disso, alertou aos "bons samaritanos" que desejam fazer doações que entrem em contato com as autoridades primeiro, para saber quais são as necessidades, e para que as contribuições sejam intermediadas por grupos de caridade registrados oficialmente.

Por enquanto, as equipes médicas se queixaram da falta de provisões para atender aos feridos nos hospitais de campanha instalados no local da tragédia, e alertaram que alguns pacientes precisam ser transferidos com urgência para centros médicos mais equipados.

O primeiro-ministro Li Keqiang garantiu ontem, no local do desastre, que as vítimas em estado mais crítico serão transferidas e pediu a todas as equipes que trabalham no resgate que "não cessem a busca por sobreviventes e desaparecidos".

Além disso, anunciou que mais efetivos militares serão enviados para ajudar, e que algumas medidas serão tomadas para prevenir possíveis epidemias.

As equipes continuam trabalhando contra o tempo por causa das previsões de fortes chuvas para os próximos dias e também pela possibilidade de réplicas do tremor de domingo.

As autoridades chinesas culparam a fragilidade das construções pelo grande número de vítimas, além da pouca profundidade do terremoto - apenas 12 quilômetros - e da densidade populacional nesta área, muito superior à média provincial, enquanto os moradores criticaram a falta de investimentos em Ludian, uma das regiões mais pobres da China.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaDesastres naturaisTerremotos

Mais de Mundo

Em evento tenso, Trump tenta se aproximar de eleitores negros em Chicago

Trump questiona identidade de Kamala Harris: ‘nem sabia que ela era negra’

Morte de chefe do Hamas é 'flagrante desrespeito' à integridade territorial do Irã, diz Itamaraty

Corpo de comandante do Hezbollah que orquestrou ataque ao Golã é achado após bombardeio israelense

Mais na Exame