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Chile decreta toque de recolher para conter incêndios que já mataram 100

Governo informou que há centenas de desaparecidos e determinou toque de recolher nas regiões afetadas

Incêndios no Chile (Getty Images/Getty Images)

Publicado em 4 de fevereiro de 2024 às 19h06.

Última atualização em 4 de fevereiro de 2024 às 21h10.

Os incêndios florestais sem precedentes que atingiam a região de Valparaíso, no centro do Chile, já deixaram ao menos 100 mortos e mais de 3 mil casas destruídas, informou neste domingo o Serviço Médico Legal (SML), órgão estatal encarregado de divulgar o número de vítimas durante a crise.

Com vários focos extintos perto dos morros mais povoados, onde o fogo causou estragos na última sexta-feira, começam a se observar áreas residenciais reduzidas a cinzas e longas filas de carros nas ruas, sem que se possa identificar se eles estão estacionados ou se tratam-se de pessoas tentando deixar esses locais.

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A prefeita de Viña del Mar, Macarena Ripamonti, e o governador da região de Valparaíso, Rodrigo Mundaca, informaram que há centenas de desaparecidos.

“Esse número vai crescer. É a maior tragédia que tivemos desde o terremoto de 2010”, disse o presidente, Gabriel Boric, referindo-se ao sismo de magnitude 8,8 seguido de tsunami que ocorreu em 27 de fevereiro daquele ano e deixou mais de 500 mortos.

Boric decretou luto nacional por dois dias a partir da segunda-feira. "Todo o Chile sofre e chora os nossos mortos. O Estado e a solidariedade dos chilenos estarão com vocês. Mais uma vez, vamos nos levantar", afirmou Boric.

O presidente chileno assegurou que "possíveis culpados" pelos incêndios terão o repúdio da sociedade e o peso da lei" e que o serviço de saúde está mobilizado para atender as pessoas atingidas. O governo determinou toque de recolher nas regiões afetadas.

A ministra do Interior do Chile, Carolina Tohá, disse no sábado que 92 incêndios florestais estavam ocorrendo no centro e no sul do país e que mais de 1.000 casas foram destruídas.

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