Imigração: desde 2010, o número de pessoas provenientes da África Ocidental se multiplicou por dez nas fronteiras italianas (Getty/Getty Images)
AFP
Publicado em 6 de janeiro de 2017 às 14h00.
Última atualização em 6 de janeiro de 2017 às 14h50.
O número de migrantes chegados à Europa pelo mar em 2016 caiu a 364.000 pessoas, uma redução de dois terços em relação a 2015, com uma queda nítida de chegadas à Grécia, anunciou a agência encarregada das fronteias exteriores da União Europeia.
No entanto, a Frontex destacou um aumento recorde de migrantes chegados da África pelo Mediterrâneo central, 181.000 pessoas em 2016, 20% a mais que no ano anterior.
As chegadas à Grécia através do Mar Egeu a partir da Turquia caíram a 182.500, 79% a menos que em 2015.
A queda se deve, em particular, à entrada em vigor de um acordo entre Bruxelas e Ancara, que prevê a devolução à Turquia de todo migrante chegado à Grécia desde 20 de março e que não tenha feito um pedido formal de asilo ou que tenha seu pedido negado.
Também se deve a controles muito mais rígidos nos países da conhecida rota dos Bálcãs, segundo a agência europeia.
A Frontex indica uma pressão migratória "crescente" proveniente do continente africano, em particular da África Ocidental, sendo os nigerianos os migrantes mais numerosos.
Desde 2010, o número de pessoas provenientes da África Ocidental se multiplicou por dez nas fronteiras italianas.
Em 2016, assinala a agência, 503.700 pessoas foram detidas tentando entrar ilegalmente na Europa por suas fronteiras externas.
Apesar da nítida diminuição das chegadas, mais de 5.000 pessoas morreram no ano passado atravessando o Mediterrâneo para chegar ao litoral europeu, segundo a ONU, o pior balanço já registrado.