Novos atentados aumentam tensão no Egito e no Sinai
No norte do Sinai, fontes da segurança informaram que desconhecidos tiraram à força dois policiais de um carro e os executaram
Da Redação
Publicado em 13 de novembro de 2014 às 14h44.
Cairo - O Egito sofreu nesta quinta-feira atentados no Cairo e dois ataques contra militares na península do Sinai, enquanto o país continua sem notícias dos oito marinheiros desaparecidos na véspera em um confuso incidente no Mediterrâneo.
No norte do Sinai, fontes da segurança informaram que desconhecidos tiraram à força dois policiais de um carro e os executaram, ao mesmo tempo em que vários homens armados mataram três militares depois de fazê-los sair de um táxi na mesma área.
Estes dois últimos ataques acontecem dias depois que o principal grupo jihadista do país, Ansar Beit al Maqdis, jurou lealdade ao grupo Estado Islâmico (EI), cujos dirigentes pediram que fizessem atentados contra objetivos das forças de segurança no Egito.
Ao mesmo tempo, três ativistas do Ansar Beit morreram em incursões aéreas no norte do Sinai e um alto comando do grupo foi detido junto a 25 supostos ativistas, segundo o exército.
No final de outubro, 30 soldados morreram em um atentado suicida na mesma zona, no ataque mais violento contra forças de ordem desde a queda do presidente islamita Mohamed Mursi.
Apesar de os jihadistas egípcios terem se concentrado nas forças de segurança no Sinai, também explodiram vários carros-bombas no resto do país.
No Cairo, quatro pessoas ficaram feridas na explosão de uma bomba de fabricação caseira no metrô da capital egípcia e outras 12 no pânico causado pelo atentado.
Estes atentados costumam ser reivindicados por jihadistas que dizem querer vingar a repressão desatada contra os partidários de Mursi, que cobraram até agora mais de 1.400 mortos.
Centenas de partidários da Irmandade Muçulmana foram condenados à morte em processos sumários e outros 15.000 foram presos.
Mistério
O país continuava nesta quinta-feira sem notícias dos oito militares desaparecidos no misterioso ataque ocorrido em águas do Mediterrâneo, um fato classificado como terrorismo pelas autoridades egípcias, apesar das circunstâncias que o cercam não parecerem tão claras.
Desde que o exército derrubou Mursi em julho de 2013 multiplicaram-se os atentados contra as forças armadas, mas esta é a primeira vez que se ataca um navio da marinha.
Segundo assinalou a agência oficial Mena, o navio pegou fogo durante um tiroteio com os agressores, a 70 km do litoral da província de Damietta (nordeste).
Um comando militar indicou à AFP que no ataque foram utilizados barcos de pesca e que aparentemente não usaram artilharia pesada.
Os quatro barcos usados pelos atacantes foram destruídos e 32 suspeitos detidos, segundo o exército em um comunicado.
Inúmeras dúvidas pairam sobre o ataque ao navio, no qual também ficaram feridos cinco membros da tripulação.
Entre as dúvidas está a própria natureza do ataque.
O Mediterrâneo Oriental é frequentado por traficantes de droga e imigrantes clandestinos, por isso alguns analistas aventam que pode ter se tratado de um ataque destes últimos e não de jihadistas.
Cairo - O Egito sofreu nesta quinta-feira atentados no Cairo e dois ataques contra militares na península do Sinai, enquanto o país continua sem notícias dos oito marinheiros desaparecidos na véspera em um confuso incidente no Mediterrâneo.
No norte do Sinai, fontes da segurança informaram que desconhecidos tiraram à força dois policiais de um carro e os executaram, ao mesmo tempo em que vários homens armados mataram três militares depois de fazê-los sair de um táxi na mesma área.
Estes dois últimos ataques acontecem dias depois que o principal grupo jihadista do país, Ansar Beit al Maqdis, jurou lealdade ao grupo Estado Islâmico (EI), cujos dirigentes pediram que fizessem atentados contra objetivos das forças de segurança no Egito.
Ao mesmo tempo, três ativistas do Ansar Beit morreram em incursões aéreas no norte do Sinai e um alto comando do grupo foi detido junto a 25 supostos ativistas, segundo o exército.
No final de outubro, 30 soldados morreram em um atentado suicida na mesma zona, no ataque mais violento contra forças de ordem desde a queda do presidente islamita Mohamed Mursi.
Apesar de os jihadistas egípcios terem se concentrado nas forças de segurança no Sinai, também explodiram vários carros-bombas no resto do país.
No Cairo, quatro pessoas ficaram feridas na explosão de uma bomba de fabricação caseira no metrô da capital egípcia e outras 12 no pânico causado pelo atentado.
Estes atentados costumam ser reivindicados por jihadistas que dizem querer vingar a repressão desatada contra os partidários de Mursi, que cobraram até agora mais de 1.400 mortos.
Centenas de partidários da Irmandade Muçulmana foram condenados à morte em processos sumários e outros 15.000 foram presos.
Mistério
O país continuava nesta quinta-feira sem notícias dos oito militares desaparecidos no misterioso ataque ocorrido em águas do Mediterrâneo, um fato classificado como terrorismo pelas autoridades egípcias, apesar das circunstâncias que o cercam não parecerem tão claras.
Desde que o exército derrubou Mursi em julho de 2013 multiplicaram-se os atentados contra as forças armadas, mas esta é a primeira vez que se ataca um navio da marinha.
Segundo assinalou a agência oficial Mena, o navio pegou fogo durante um tiroteio com os agressores, a 70 km do litoral da província de Damietta (nordeste).
Um comando militar indicou à AFP que no ataque foram utilizados barcos de pesca e que aparentemente não usaram artilharia pesada.
Os quatro barcos usados pelos atacantes foram destruídos e 32 suspeitos detidos, segundo o exército em um comunicado.
Inúmeras dúvidas pairam sobre o ataque ao navio, no qual também ficaram feridos cinco membros da tripulação.
Entre as dúvidas está a própria natureza do ataque.
O Mediterrâneo Oriental é frequentado por traficantes de droga e imigrantes clandestinos, por isso alguns analistas aventam que pode ter se tratado de um ataque destes últimos e não de jihadistas.