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Novo vazamento de água radioativa é detectado em Fukushima

Segundo a Tepco, parte do líquido contaminado pode ter chegado ao mar

Homem pesca em mar fechado para o público localizado próximo ao vazamento da Usina de Fukushima (REUTERS/Damir Sagolj)

Homem pesca em mar fechado para o público localizado próximo ao vazamento da Usina de Fukushima (REUTERS/Damir Sagolj)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2013 às 07h20.

Tóquio - A empresa responsável pela usina nuclear de Fukushima, Tokyo Electric Power (Tepco), informou nesta quinta-feira que detectou um novo vazamento de água radioativa em um dos tanques de armazenamento e que parte do líquido contaminado pode ter chegado ao mar.

A operadora estimou que o vazamento foi de 430 litros de água radioativa e que o líquido contém uma concentração de substâncias radioativas de 200 mil becquerels por litro, o que supera amplamente o limite legal permitido de 30 becquerels por litro.

Além disso, a Tepco reconheceu que 'a água contaminada pode ter chegado ao mar' e, em entrevista coletiva realizada hoje, um dos porta-vozes da companhia elétrica pediu desculpas por 'causar preocupação', segundo a agência 'Kyodo'.

O vazamento aconteceu porque o tanque, que serve para armazenar o líquido utilizado para resfriar os reatores, está posicionado em um declive, o que facilitou que a água transbordasse quando os técnicos introduziram grande quantidade de água da chuva que tinha se acumulado nas instalações nos últimos dias.

Este último vazamento foi detectado em um tanque do mesmo modelo que o outro que também apresentou problemas em agosto.


Dos cerca de mil contêineres que a Tepco utiliza na central nuclear para armazenar líquido radioativo, 350 são deste modelo que apresentou vazamentos e que foi fabricado de forma rápida e mais econômica devido à urgência da crise nuclear em 2011.

Além deste novo problema, a Tepco reconheceu no início da semana outro vazamento de água com baixos níveis de radiação em um dos tanques que, aparentemente, transbordou depois que dois funcionários da central o utilizaram de forma equivocada para armazenar água da chuva acumulada nas instalações.

Além do problema nos tanques de armazenamento, estima-se que a usina despeje diariamente no oceano perto de 300 toneladas de líquido radioativo acumulado no subsolo dos edifícios que abrigam os reatores.

Para lidar com a grande quantidade de água acumulada na central, a operadora reativou nesta semana um novo sistema para eliminar grande parte dos materiais radioativos.

Segundo os especialistas, espera-se que o correto funcionamento deste novo sistema contribua de maneira crucial para solucionar o grave problema, por ser capaz de processar e filtrar o líquido em um ritmo superior ao acúmulo de água.

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