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Novo Legislativo 'apenas para patriotas' toma posse em Hong Kong

Em uma cerimônia carregada de simbolismos que refletem a nova realidade política de Hong Kong, 90 legisladores prestaram juramento em um plenário onde o emblema tradicional da cidade foi substituído pelo da China

Hong Kong: uma lei de segurança nacional criminalizou a dissidência, e novas leis foram promulgadas para expulsar do serviço público pessoas consideradas não patriotas (AFP/AFP)
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AFP

Publicado em 3 de janeiro de 2022 às 11h50.

Os membros da nova legislatura "somente para patriotas" de Hong Kong tomaram posse nesta segunda-feira (3), após uma eleição que vetou a oposição democrática.

Em uma cerimônia carregada de simbolismos que refletem a nova realidade política de Hong Kong, 90 legisladores prestaram juramento em um plenário onde o emblema tradicional da cidade foi substituído pelo da China.

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Os juramentos de lealdade foram presididos pela líder do governo local, Carrie Lam, cuja administração não terá mais oposição no Legislativo. Nos próximos quatro anos, esta Casa terá apenas membros fiéis ao poder central.

A China moldou Hong Kong para ajustá-la ao seu perfil autoritário, na esteira das multitudinárias manifestações pró-democracia que abalaram este centro financeiro em 2019.

Uma lei de segurança nacional criminalizou a dissidência, e novas leis foram promulgadas para expulsar do serviço público pessoas consideradas não patriotas.

Em dezembro, eleições legislativas foram realizadas no âmbito nestas leis. Todos os candidatos foram avaliados por sua lealdade. Apenas 20 das 90 cadeiras foram eleitas de forma direta, e as demais, por comitês pró-China.

Dos 90 legisladores aprovados no processo de avaliação, apenas Tik Chi-yuen é identificado como "não institucional", mas, ainda assim, ele não está ligado à tradicional bancada pró-democracia.
A maioria dos ativistas pró-democracia de Hong Kong está presa, fugiu para o exterior, ou abandonou a política, devido à repressão chinesa.

A China afirma que o novo sistema político de Hong Kong devolverá a estabilidade à cidade e que o pluralismo político ainda é tolerado. Seus críticos, incluindo alguns países ocidentais, afirmam, porém, que Pequim quebrou sua promessa de preservar as liberdades e a autonomia de Hong Kong, depois que o território foi devolvido pelo Reino Unido em 1997.

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