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Novo governo palestino presta juramento

O novo governo de unidade palestino prestou juramento hoje, ante o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas

Rami Hamdallah presta juramento diante de Mahmud Abbas: Hamas elogiou governo (Abbas Momani/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2014 às 12h19.

Ramallah -O novo governo de união nacional palestino, um gabinete apoiado pelo Hamas e composto por personalidades independentes que Israel pretende boicotar, prestou juramento nesta segunda-feira ante o presidente da Autoridade Palestina , Mahmud Abbas.

"Com a formação do governo de união nacional, anunciamos o fim da divisão palestina, que tanto tem prejudicado a causa nacional", declarou Abbas na Muqata, sede da presidência palestina em Ramallah (Cisjordânia), depois de dar posse aos ministros.

O gabinete de "consenso", dirigido pelo primeiro-ministro Rami Hamdalah, está composto por figuras independentes e tecnocratas.

Em Gaza, o Hamas elogiou o novo governo de união de "todos os palestinos".

Com 17 ministros, cinco deles de Gaza, este é um Executivo de transição, que terá como missão prioritária a convocação de eleições até o fim do ano.

Pouco antes da cerimônia, o Hamas, que governa Gaza, e o Fatah, do presidente Abbas, conseguiram resolver as últimas divergências sobre a composição do governo.

O Hamas exigia a manutenção do ministro para os Prisioneiros e as duas partes concordaram em atrbuir a pasta ao primeiro-ministro Rami Hamdalah, um professor universitário respeitado, mas relativamente pouco conhecido no exterior.

A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) — liderada pelo movimento nacionalista Fatah de Abbas — e o Hamas assinaram em 23 de abril um acordo de reconciliação para acabar com a divisão política desde 2007 nos territórios na Cisjordânia.

A Autoridade Palestina administrava as zonas autônomas, enquanto o Hamas dirigia a Faixa de Gaza, submetida ao bloqueio israelense.

O presidente Abbas prometeu que o novo governo rejeitaria a violência, reconheceria Israel e respeitaria os compromissos internacionais para convencer a comunidade internacional de sua vontade de estar em paz com Israel.

No domingo ele recebeu uma ligação do secretário de Estado americano, John Kerry, e informou sobre os últimos avanços. Garantiu que o novo governo não tem nenhum ministro do Fatah ou do Hamas, segundo uma fonte palestina.

Mas o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu à comunidade internacional que "não se precipite" em reconhecer um governo palestino apoiado pelo Hamas e criticou a "ambiguidade" da Europa.

"O terrorismo islamita volta a levantar a cabeça na Europa. Tivemos a ilustração com o horrível crime cometido no Museu Judeu em Bruxelas", disse.

"Me parece estranho que os países europeus condenem os crimes, mas discutam com ambiguidade, de maneira quase amistosa, de um governo com o Hamas, uma organização terrorista que comete este tipo de crime e faz apologia dele", completou.

O gabinete de segurança de Israel se reuniu durante a madrugada, segundo o jornal Jerusalem Post, e confirmou a decisão de congelar qualquer tipo de negociação com a Autoridade Palestina enquanto persistir o acordo com o Hamas.

Como represália, o governo de Netayahu contemplaria também bloquear parte das taxas que recebe a cada mês em nome dos palestinos, o que poderia agravar a situação financeira da Autoridade Palestina.

Procurado pela AFP, o gabinete de Benjamin Netanyahu se negou a confirmar ou desmentir as informações.

*Atualizada às 12h19 do dia 02/06/2014

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Ramallah -O novo governo de união nacional palestino, um gabinete apoiado pelo Hamas e composto por personalidades independentes que Israel pretende boicotar, prestou juramento nesta segunda-feira ante o presidente da Autoridade Palestina , Mahmud Abbas.

"Com a formação do governo de união nacional, anunciamos o fim da divisão palestina, que tanto tem prejudicado a causa nacional", declarou Abbas na Muqata, sede da presidência palestina em Ramallah (Cisjordânia), depois de dar posse aos ministros.

O gabinete de "consenso", dirigido pelo primeiro-ministro Rami Hamdalah, está composto por figuras independentes e tecnocratas.

Em Gaza, o Hamas elogiou o novo governo de união de "todos os palestinos".

Com 17 ministros, cinco deles de Gaza, este é um Executivo de transição, que terá como missão prioritária a convocação de eleições até o fim do ano.

Pouco antes da cerimônia, o Hamas, que governa Gaza, e o Fatah, do presidente Abbas, conseguiram resolver as últimas divergências sobre a composição do governo.

O Hamas exigia a manutenção do ministro para os Prisioneiros e as duas partes concordaram em atrbuir a pasta ao primeiro-ministro Rami Hamdalah, um professor universitário respeitado, mas relativamente pouco conhecido no exterior.

A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) — liderada pelo movimento nacionalista Fatah de Abbas — e o Hamas assinaram em 23 de abril um acordo de reconciliação para acabar com a divisão política desde 2007 nos territórios na Cisjordânia.

A Autoridade Palestina administrava as zonas autônomas, enquanto o Hamas dirigia a Faixa de Gaza, submetida ao bloqueio israelense.

O presidente Abbas prometeu que o novo governo rejeitaria a violência, reconheceria Israel e respeitaria os compromissos internacionais para convencer a comunidade internacional de sua vontade de estar em paz com Israel.

No domingo ele recebeu uma ligação do secretário de Estado americano, John Kerry, e informou sobre os últimos avanços. Garantiu que o novo governo não tem nenhum ministro do Fatah ou do Hamas, segundo uma fonte palestina.

Mas o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu à comunidade internacional que "não se precipite" em reconhecer um governo palestino apoiado pelo Hamas e criticou a "ambiguidade" da Europa.

"O terrorismo islamita volta a levantar a cabeça na Europa. Tivemos a ilustração com o horrível crime cometido no Museu Judeu em Bruxelas", disse.

"Me parece estranho que os países europeus condenem os crimes, mas discutam com ambiguidade, de maneira quase amistosa, de um governo com o Hamas, uma organização terrorista que comete este tipo de crime e faz apologia dele", completou.

O gabinete de segurança de Israel se reuniu durante a madrugada, segundo o jornal Jerusalem Post, e confirmou a decisão de congelar qualquer tipo de negociação com a Autoridade Palestina enquanto persistir o acordo com o Hamas.

Como represália, o governo de Netayahu contemplaria também bloquear parte das taxas que recebe a cada mês em nome dos palestinos, o que poderia agravar a situação financeira da Autoridade Palestina.

Procurado pela AFP, o gabinete de Benjamin Netanyahu se negou a confirmar ou desmentir as informações.

*Atualizada às 12h19 do dia 02/06/2014

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