Presidente interino do Egito, Adly Mansour, no palácio presidencial, em 15 de julho: a formação do gabinete era um dos passos do processo de transição após a deposição de Mursi (Amr Abdallah/Reuters)
Da Redação
Publicado em 16 de julho de 2013 às 13h48.
Cairo - Os membros do novo governo do Egito, liderado pelo economista Hazem el Beblaui, tomaram posse nesta terça-feira de seus cargos quase duas semanas depois de o Exército derrubar o presidente islamita Mohamed Mursi.
Após vários dias de consultas, os novos ministros prestaram juramento perante o presidente interino, Adly Mansour, em cerimônia transmitida pela rede de televisão estatal.
Os primeiros foram Beblaui e o ministro da Defesa e chefe das Forças Armadas, Abdel Fatah al Sisi, que mantém a pasta e ocupa além disso, no novo Executivo, o posto de primeiro vice-primeiro-ministro.
Também se mantêm em seus cargos os ministros de Interior, Mohamed Ibrahim; de Turismo, Hizham Zazu; e de Antiguidades, Mohamed Ibrahim.
A pasta de Relações Exteriores é liderada agora pelo ex-embaixador egípcio em Washington Nabil Fahmy. O economista Ahmed Galal, que trabalhou durante quase duas décadas como pesquisador no Banco Mundial, ocupa o cargo de ministro das Finanças, em um momento de grave crise econômica no país.
O novo governo conta com apenas três mulheres ministras, entre elas a titular de Informação, Doria Sharaf el Din, uma conhecida jornalista da rede estatal de rádio e televisão egípcia.
Além de Sisi, há outros dois vice-primeiro ministros: Hosam Issa, professor de Direito na Universidade de Ein Shams, que ocupa também a pasta de Educação Superior, e o jurista e economista Ziad Ahmed Bahedin.
A formação do gabinete era um dos passos do processo de transição iniciado depois que as Forças Armadas egípcias depuseram no último dia 3 Mursi após grandes protestos para pedir eleições antecipadas.