Novo dia de protestos contra reforma trabalhista na França
Desde o início do movimento, cerca de 1.400 pessoas foram detidas e mais de 800 seguem sob custódia
Da Redação
Publicado em 19 de maio de 2016 às 11h42.
Diante de um governo inflexível, os opositores da reforma trabalhista na França convocaram novas greves e manifestações nesta quinta-feira, em uma atmosfera de tensão marcada pela violência contra a polícia no dia anterior.
O primeiro-ministro socialista, Manuel Valls, pediu "sanções implacáveis" contra os manifestantes que incendiaram uma viatura da polícia na quarta-feira em Paris e pressionou os sindicatos, chamados a "se questionar sobre a pertinência" de algumas manifestações.
O chefe do governo também declarou que está pronto para remover à força os bloqueios dos portos, aeroportos e refinarias.
"Não teria ocoriddo nenhuma manifestação e, portanto, nenhum vandalismo se não existisse o projeto de lei", respondeu Jean-Claude Mailly, líder do sindicato Força Operária (FO).
O FO e outros sindicatos de trabalhadores e estudantes continuam exigindo a "retirada" do projeto de lei, que consideram demasiado liberal. O presidente François Hollande excluiu na terça-feira a possibilidade de desistir desta reforma, aprovada à força na semana passada sem o voto do Parlamento.
O chefe de Estado, cuja popularidade está no seu nível mais baixo a menos de um ano das eleições presidenciais, espera que este projeto desbloqueie o mercado de trabalho em um país com um desemprego galopante, girando em torno de 10%.
Desde o início do movimento, cerca de 1.400 pessoas foram detidas e mais de 800 seguem sob custódia. Segundo as autoridades, 19 pessoas da extrema-esquerda foram presas em flagrante nesta quinta-feira de manhã em Rennes (oeste) por vandalismo.
Em Paris, a polícia emitiu novas proibições individuais de manifestação antes de um protesto programado para a tarde.
Cinco suspeitos, incluindo três alvos desse tipo de proibição, estão sob custódia na capital, um dia depois do ataque a uma viatura da polícia. Os dois agentes que ocupavam o veículo precisaram sair às pressas.
O incidente ocorreu durante uma contra-manifestação proibida, à margem de um protesto de policiais que denunciavam o clima de ódio aos agentes da segurança.
A mobilização contra a reforma trabalhista, que fez com que dezenas de milhares de pessoas saíssem às ruas nos últimos dois meses, ganhou força nesta semana com greves de caminhoneiros e do setor ferroviário.
Zonas industriais, refinarias de petróleo e depósitos: bloqueios de pontos estratégicos foram feitos nesta quinta-feira perto de Marselha (sul), Le Havre (noroeste), bem como em Rennes e Nantes (oeste).
No sudoeste, o acesso ao aeroporto de Toulouse também foi fechado. O tráfego ferroviário foi interrompido em nível nacional, no segundo dia de greve ferroviária. Uma convocação para a greve dos controladores de tráfego aéreo afetava ligeiramente o serviço.
"O acesso aos portos, aos centros econômicos e aeroportos deve ser possível e não podemos tolerar esses bloqueios", declarou Manuel Valls.
A violência das últimas semanas alimenta uma polêmica sobre a manutenção da ordem por parte do governo, acusado de laxismo pela oposição de direita e extrema-direita ou suspeito por alguns da esquerda de querer desacreditar o movimento social.
Neste contexto tenso, o Parlamento estendeu pela terceira vez o estado de emergência declarado após os ataques jihadistas de 13 de novembro em Paris (130 mortes). O estado de emergência estará em vigor até o final de julho para garantir a segurança da Euro-2016 e do Tour de France.
Diante de um governo inflexível, os opositores da reforma trabalhista na França convocaram novas greves e manifestações nesta quinta-feira, em uma atmosfera de tensão marcada pela violência contra a polícia no dia anterior.
O primeiro-ministro socialista, Manuel Valls, pediu "sanções implacáveis" contra os manifestantes que incendiaram uma viatura da polícia na quarta-feira em Paris e pressionou os sindicatos, chamados a "se questionar sobre a pertinência" de algumas manifestações.
O chefe do governo também declarou que está pronto para remover à força os bloqueios dos portos, aeroportos e refinarias.
"Não teria ocoriddo nenhuma manifestação e, portanto, nenhum vandalismo se não existisse o projeto de lei", respondeu Jean-Claude Mailly, líder do sindicato Força Operária (FO).
O FO e outros sindicatos de trabalhadores e estudantes continuam exigindo a "retirada" do projeto de lei, que consideram demasiado liberal. O presidente François Hollande excluiu na terça-feira a possibilidade de desistir desta reforma, aprovada à força na semana passada sem o voto do Parlamento.
O chefe de Estado, cuja popularidade está no seu nível mais baixo a menos de um ano das eleições presidenciais, espera que este projeto desbloqueie o mercado de trabalho em um país com um desemprego galopante, girando em torno de 10%.
Desde o início do movimento, cerca de 1.400 pessoas foram detidas e mais de 800 seguem sob custódia. Segundo as autoridades, 19 pessoas da extrema-esquerda foram presas em flagrante nesta quinta-feira de manhã em Rennes (oeste) por vandalismo.
Em Paris, a polícia emitiu novas proibições individuais de manifestação antes de um protesto programado para a tarde.
Cinco suspeitos, incluindo três alvos desse tipo de proibição, estão sob custódia na capital, um dia depois do ataque a uma viatura da polícia. Os dois agentes que ocupavam o veículo precisaram sair às pressas.
O incidente ocorreu durante uma contra-manifestação proibida, à margem de um protesto de policiais que denunciavam o clima de ódio aos agentes da segurança.
A mobilização contra a reforma trabalhista, que fez com que dezenas de milhares de pessoas saíssem às ruas nos últimos dois meses, ganhou força nesta semana com greves de caminhoneiros e do setor ferroviário.
Zonas industriais, refinarias de petróleo e depósitos: bloqueios de pontos estratégicos foram feitos nesta quinta-feira perto de Marselha (sul), Le Havre (noroeste), bem como em Rennes e Nantes (oeste).
No sudoeste, o acesso ao aeroporto de Toulouse também foi fechado. O tráfego ferroviário foi interrompido em nível nacional, no segundo dia de greve ferroviária. Uma convocação para a greve dos controladores de tráfego aéreo afetava ligeiramente o serviço.
"O acesso aos portos, aos centros econômicos e aeroportos deve ser possível e não podemos tolerar esses bloqueios", declarou Manuel Valls.
A violência das últimas semanas alimenta uma polêmica sobre a manutenção da ordem por parte do governo, acusado de laxismo pela oposição de direita e extrema-direita ou suspeito por alguns da esquerda de querer desacreditar o movimento social.
Neste contexto tenso, o Parlamento estendeu pela terceira vez o estado de emergência declarado após os ataques jihadistas de 13 de novembro em Paris (130 mortes). O estado de emergência estará em vigor até o final de julho para garantir a segurança da Euro-2016 e do Tour de France.