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Novo choque da covid pode pegar mercado financeiro desprevenido

Enquanto países da Europa anunciam novas restrições que incluem lockdown total, instituições financeiras ignoram a pandemia em reatórios de riscos para 2022

Áustria decreta novo lockdown e vacinação obrigatória contra a covid (ALEX HALADA / Colaborador/Getty Images)
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Bloomberg

Publicado em 20 de novembro de 2021 às 08h48.

Última atualização em 20 de novembro de 2021 às 09h39.

Um novochoqueda pandemia pode pegar operadores e estrategistas de investimento desprevenidos.

Enquanto países da Europa anunciam novas restrições que incluem lockdown total, relatórios de pesquisa que destacam riscos e oportunidades para 2022 parecem ignorar completamente o coronavírus. A palavra “lockdown” nem mesmo é mencionada em previsões para a Europa no ano que vem divulgadas pelo Goldman Sachs e Morgan Stanley.

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Em levantamento do Bank of America esta semana, gestores de fundos classificaram a Covid-19 como apenas o quinto maior risco de cauda, sendo que apenas 5% mostraram preocupação sobre o possível impacto nos mercados. Inflação, aumento dos juros pelos bancos centrais, estagnação do crescimento chinês e bolhas de ativos estão no topo da lista.

Em relatório de 72 páginas sobre as perspectivas para 2022 divulgado esta semana, a UBS Global Wealth Management afirma que seu cenário central é que a atual onda da pandemia “não se intensifique a ponto de novos lockdowns serem necessários”. O relatório foi publicado um dia antes das restrições da Áustria e alertas de que a Alemanha pode ter que seguir pelo mesmo caminho.

Os mercados acionários europeus ainda sinalizam otimismo. Enquanto ações de viagens e lazer registraram forte queda com as notícias, o índice de referência Europe Stoxx 600 perdeu apenas 0,6% na sexta-feira, muito longe do pânico do mercado causado pelos lockdowns do ano passado.

Um relatório do HSBC de outubro detalhando o que poderia dar errado em 2022 talvez ajude a explicar a reação mais tranquila. Uma nova onda de Covid não precisa ser necessariamente uma má notícia para os mercados, porque “os sinais de superaquecimento da demanda podem desaparecer, o que reduziria a preocupação em torno da estagflação e do aperto prematuro dos bancos centrais”, escreveram estrategistas liderados por Max Kettner.

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