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Novas pragas em 2021? Sim, alertam especialistas americanos

Estudo levanta pestes que podem ameaçar a agricultura neste ano; no Brasil, nuvens de gafanhotos ainda são fonte de preocupação

Abelha japonesa: antes quase imperceptível, sua população deve aumentar em 2021, ameaçando as lavouras (Edwin Remsburg/Getty Images)

Abelha japonesa: antes quase imperceptível, sua população deve aumentar em 2021, ameaçando as lavouras (Edwin Remsburg/Getty Images)

CA

Carla Aranha

Publicado em 12 de janeiro de 2021 às 10h42.

Última atualização em 12 de janeiro de 2021 às 11h08.

A Universidade do Missouri, nos Estados Unidos, emitiu um alerta sobre novas pragas que podem afetar a agricultura neste ano. Uma delas é uma abelha de coloração acinzetada e pequena. A abelha pode infestar as áreas de cultivo de soja, uma das commodities mais exportadas pelos Estados Unidos e o Brasil. A espécie também se alimenta das folhas do girassol e outras plantas.

Até pouco tempo atrás, seu presença mal era notada. A previsão para este ano é que as abelhas ataquem as plantações em maior número. Ainda não há um inseticida capaz de controlar a praga. Os cientistas ainda tentam descobrir o motivo para o aumento da população da espécie.

Segundo o estudo dos especialistas americanos, há também indícios de que o inseto Halyomorpha halys, originado na China, esteja a caminho do centro-oeste dos Estados Unidos, que concentra a maior área rural do país. Pequeno e agressivo, o artrópode se alimenta das plantações de soja.

Antes raramente observada, a abelha japonesa (Popillia japonica) pode representar outra nova ameça para a agricultura, alerta a Universidade de Missouri. A abelha destrói as folhagens das plantas, principalmente da cana-de-açúcar, uva e roseiras. Em 2020, sua população dobrou nos Estados Unidos. A expectativa este ano é que haja um novo aumento.

Ainda não há comprovação de que essas pragas possam atingir as lavouras brasileiras. Aqui, uma das maiores preocupações se refere a eventuais novas nuvens de gafanhotos, que no ano passado se formaram na Argentina, Paraguai e Brasil e ameaçaram a agricultura no Rio Grande do Sul.

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