Apps de transporte: Uber disse que usuários vão enfrentar preços maiores, esperas mais longas e menos serviço disponível na periferia (Simon Dawson/Reuters)
Reuters
Publicado em 8 de agosto de 2018 às 20h24.
A cidade de Nova York decidiu nesta quarta-feira limitar o número de licenças para operação de motoristas de serviços de transporte por aplicativo como Uber e Lyft por um ano.
Esta é a primeira a grande cidade dos EUA a limitar o número de motoristas destes serviços em atividade e também inclui a obrigação de criação de uma renda mínima para eles.
O pacote tem como objetivo reduzir o congestionamento na cidade e aumentar a renda dos motoristas após crescimento explosivo dos serviços.
O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, afirmou que pretende sancionar a lei. "Esta ação vai impedir o fluxo de carros que contribui para congestionamento de nossas ruas", disse ele em comunicado.
O número de veículos de aplicativos em operação na cidade saltou de cerca de 12.600 em 2015 para cerca de 80.000 este ano, segundo a New York City Taxi and Limousine Commission. Além disso, cerca de 14 mil táxis operam na cidade.
O Uber afirmou em comunicado que o limite de 12 meses para emissão de novas licenças "vai ameaçar uma das poucas opções confiáveis de transporte enquanto não faz nada para minimizar o congestionamento ou resolver os problemas do metrô".
Já a Lyft disse que o limite "vai levar os nova-iorquinos de volta a uma era de dificuldade em conseguir uma corrida".
Em emails enviados a quase 5 milhões de nova-iorquinos no mês passado, o Uber afirmou que os usuários vão enfrentar preços maiores, esperas mais longas por carros e menos serviço disponível na periferia da cidade.
A associação de taxistas de Nova York comemorou a decisão. "A cidade de Nova York é a primeira no país a transformar em lei as demandas dos motoristas."