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Nova trégua humanitária entra em vigor em Aleppo

Uma primeira trégua unilateral de três dias em Aleppo chegou ao fim em 22 de outubro sem ter permitido a retirada de civis ou feridos

Civil caminha sob destroços em Aleppo: Rússia não executa ataques aéreos contra os bairros da zona leste da cidade desde 18 de outubro (Abdalrhman Ismail / Reuters)

Civil caminha sob destroços em Aleppo: Rússia não executa ataques aéreos contra os bairros da zona leste da cidade desde 18 de outubro (Abdalrhman Ismail / Reuters)

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AFP

Publicado em 4 de novembro de 2016 às 10h04.

Uma nova "pausa humanitária" de 10 horas decretada pela Rússia, aliada do regime sírio, entrou em vigor na manhã de sexta-feira na cidade de Aleppo, mas pode ser insuficiente para a remoção de feridos e civis.

Uma primeira trégua unilateral de três dias em Aleppo, instaurada pelos exércitos da Rússia e da Síria, que previa a interrupção de todos os disparos na cidade, chegou ao fim em 22 de outubro sem ter permitido a retirada de civis ou feridos, nem tampouco a saída dos combatentes dos bairros do leste, controlados pelos insurgentes.

Os oito corredores humanitários criados com este objetivo permaneceram quase desertos.

Ao falar sobre a nova trégua, anunciada na quarta-feira, Yaser Al Yusef, líder do grupo rebelde Nuredin Zinki, disse que a mesma "não tem valor".

"A Rússia não respeitou nenhuma das iniciativas empreendidas", disse, antes de denunciar a "instrumentalização política e midiática para aliviar as pressões internacionais sobre Moscou".

"Este anúncio não tem nenhum valor e não nos diz respeito. Não confiamos nos russos", destacou.

A ONU reagiu ao anúncio russo afirmando que "as operações humanitárias não podem ficar condicionadas a iniciativas políticas ou militares".

O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, considerou que esta pausa está "longe de ser suficiente".

A Rússia não executa ataques aéreos contra os bairros da zona leste de Aleppo desde 18 de outubro.

No dia 28 de outubro, os rebeldes realizaram uma ofensiva nas imediações da cidade, pela zona oeste, para tentar romper o cerco imposto pelas tropas do regime do presidente Bashar al-Assad aos bairros do leste da cidade.

Mais de 250.000 pessoas vivem nestes bairros, privados de ajuda humanitária desde julho e ameaçados pela escassez de alimentos, de acordo com a ONU.

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