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Presidente de Serra Leoa não comparece a reunião sobre ebola

Conferência em Londres sobre a luta contra o ebola em Serra Leoa não contou com a presença do presidente do país africano, que teve problemas com avião

Centro de tratamento contra ebola da ONG Médicos sem Fronteiras em Serra Leoa (Carl de Souza/AFP)

Centro de tratamento contra ebola da ONG Médicos sem Fronteiras em Serra Leoa (Carl de Souza/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2014 às 10h12.

Londres - Londres era palco nesta quinta-feira de uma conferência sobre a luta contra o ebola em sua ex-colônia de Serra Leoa, mas o presidente daquele país não pôde comparecer ao encontro, devido a um problema com seu avião.

A conferência coincide com a publicação de um relatório da organização britânica Save The Children que alerta que cinco pessoas contraem a doença a cada hora em Serra Leoa e que o país não dispõe de leitos suficientes para enfrentar a epidemia.

O presidente Ernest Bai Koroma deveria ser o convidado de honra da reunião de um dia e meio, que contará com a participação de ministros, diplomatas e funcionários de saúde de 20 países, além de várias organizações internacionais.

"Infelizmente, o presidente de Serra Leoa não poderá estar na conferência 'Derrotar o ebola'", disse à AFP o porta-voz do Foreign Office, o ministério das Relações Exteriores britânico.

"O avião contratado com o qual planejava viajar teve dificuldades técnicas significativas antes da decolagem".

"Estamos explorando alternativas para que o presidente participe".

O objetivo da conferência é despertar consciência para a magnitude do problema em Serra Leoa.

O Reino Unido se comprometeu em doar £120 milhões a Serra Leoa (190 milhões de dólares, 150 milhões de euros) para comprar 700 leitos específicos para o tratamento da doença, financiar centros comunitários e apoiar em geral a luta contra o ebola.

No entanto, um relatório parlamentar britânico divulgado também nesta quinta-feira chegou à conclusão de que os cortes em ajuda internacional a dois dos países mais pobres do mundo, Libéria e Serra Leoa, pode ter contribuído para que se convertessem em dois dos mais afetados.

O presidente do comitê, Malcolm Bruce, disse que a escala da crise "pode estar conectada à redução dos níveis de ajuda internacional para a melhoria dos sistemas de saúde" nos dois países.

Além disso, os deputados mostraram sua consternação porque parte da ajuda não alcançou seu destino. Concretamente, nos dois últimos anos o ministro das Finanças liberiano entregou ao da Saúde apenas 3,9 milhões de dólares dos 60 que recebeu da União Europeia.

A febre hemorrágica ebola deixou 3.338 mortos na África Ocidental, segundo o último balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS) até 28 de setembro.

A Libéria é a principal afetada com 1.998 mortos, enquanto 662 pessoas morreram em Serra Leoa.

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