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EUA registram temperaturas mais frias em quatro décadas

Costa leste enfrenta seu dia mais gelado em quatro décadas, com uma queda histórica das temperaturas

Pessoas caminham em meio ao frio nos Estados Unidos: Minnesota já viu descer seus termômetros até menos 48 graus (Mark Kauzlarich/Reuters)

Pessoas caminham em meio ao frio nos Estados Unidos: Minnesota já viu descer seus termômetros até menos 48 graus (Mark Kauzlarich/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2014 às 08h57.

Washington - A costa leste dos Estados Unidos enfrenta nesta terça-feira seu dia mais gelado em quatro décadas, com uma queda histórica das temperaturas, o que aliado ao intenso vento, provocará uma sensação térmica de até menos 50 graus negativos em alguns pontos.

A intensa onda de frio, provocada por um "vórtice polar", atingirá seu auge entre a noite de terça-feira e a quarta-feira, dia em que as temperaturas recuperarão os níveis normais desta época, até subir mais do que o habitual para janeiro durante o fim de semana.

O "vórtice polar", a palavra mais escutada nos Estados Unidos nas últimas 24 horas, é um ciclone de ar extremamente frio situado normalmente no norte do Canadá, mas que nestes dias se deslocou para o sul acompanhado de fortes rajadas de vento.

O fenômeno ligou o alarme no nordeste e meio-oeste do país, onde escolas foram fechadas, milhares de voos cancelados e recomendando que os cidadãos, na medida do possível, não saiam de suas casas.

Minnesota já viu descer seus termômetros até menos 48 graus, enquanto Chicago verá descer a temperatura até 45 graus negativos e Detroit registrará 37 abaixo de zero.

Na capital do país, acostumada a temperaturas mais amenas do que outras cidades vizinhas, a temperatura descerá até os 20 graus negativos, o que só tinha ocorrido anteriormente há mais de 40 anos.

O frio registrado nesta terça-feira em boa parte dos EUA é tão intenso que como não se cansam de demonstrar os repórteres das televisões americanas, a água quente de um copo lançada ao ar se transforma automaticamente em neve.


A severa frente fria afeta 140 milhões de pessoas de 26 estados e provocou quatro mil cancelamentos de voos, mais de nove mil atrasos, milhares de cortes de luz e mais de uma dezena de mortes, de maneira direta ou indireta.

Quando a temperatura fica abaixo dos 25 graus negativos, a pele exposta fica congelada em questão de minutos e a hipotermia não demora a surgir.

O frio é tanto que inclusive os ursos polares e os pinguins dos zoológicos de algumas cidades como Chicago foram cobertos.

Para os humanos, as autoridades recomendam usar manoplas ao invés de luvas, não permanecer na rua molhados e, se as circunstâncias permitirem, não ir para as ruas de modo algum.

Caso precisem se deslocar deve-se verificar se a bateria dos veículos está carregada, pois as que têm mais de três anos poderiam não funcionar em temperaturas tão baixas.

Quem ficar em casa é preciso ter cuidado também. Embora seja tentador subir a calefação, o que os especialistas recomendam é mantê-la relativamente baixa e abrigar-se sob cobertores para evitar cortes elétricos.

Outra recomendação é proteger os encanamentos, pois as temperaturas baixas podem fazer com que se rompam e provocar inundações, como já ocorreu em alguns lugares de Boston.

Os sintomas do congelamento são a perda da sensibilidade e a palidez nos dedos, orelhas e nariz.

A hipotermia se manifesta com perda de memória, desorientação, fadiga e calafrios.

Neste caso, deve-se levar a vítima a um lugar coberto, dar-lhe bebidas quentes e depois ir ao médico.

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