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No Quênia, oito suspeitos por massacre permanecem detidos

Oito principais suspeitos relacionados com o massacre no centro comercial de Westgate em Nairóbi, ocorrido no mês passado, permanecem detidos

Fumaça durante ataque a shopping no Quênia: dos cerca de 40 suspeitos detidos, apenas oito permanecem sob custódia um mês depois do ataque (Noor Khamis/Reuters)

Fumaça durante ataque a shopping no Quênia: dos cerca de 40 suspeitos detidos, apenas oito permanecem sob custódia um mês depois do ataque (Noor Khamis/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2013 às 10h11.

Nairóbi - Oito principais suspeitos relacionados com o massacre no centro comercial de Westgate em Nairóbi, ocorrido no mês passado, permanecem detidos pela polícia do Quênia, informaram nesta quinta-feira vários meios de comunicação locais.

"Interrogamos muitos suspeitos e agora detivemos os oito principais, que em breve serão acusados perante um tribunal", manifestou ontem o inspetor geral da polícia, David Kimaiyo, em entrevista coletiva.

Dos cerca de 40 suspeitos detidos, apenas oito permanecem sob custódia um mês depois do ataque, perpetrado pela milícia radical islâmica somali Al Shabaab entre 21 e 24 de setembro.

Kimaiyo não deu detalhes sobre as identidades dos detidos nem o papel de cada um no ataque, onde perderam a vida pelo menos 72 pessoas, cinco delas atacantes da Al Shabaab.

A investigação se centra agora em determinar a identidade de quatro corpos encontrados no interior do centro comercial, que possivelmente pertencem a alguns dos terroristas, segundo o jornal queniano "Standard".

A polícia informou inicialmente sobre a participação de entre 10 e 15 assaltantes.

Além disso, as autoridades descobriram que cidadãos quenianos destinaram fundos para financiar o ataque.

O inspetor também foi questionado por informações publicadas em vários meios internacionais que apontam que "a viúva branca", a britânica considerada a instigadora do massacre do Westgate, alugou em 2011 um apartamento próximo a outro dos shoppings mais importantes de Nairóbi.


Kimaiyo, no entanto, disse desconhecer se Samantha Lewthwaite, de 29 anos, alugou uma casa durante sete meses no bairro de Lavington, a cem metros do centro comercial Junction, outro dos mais movimentados da capital.

"Não temos conhecimento de que Samantha estivesse ou vivesse perto de Junction. Tudo o que sabemos é que é uma criminosa procurada por um delito cometido em Mombaça", disse Kimaiyo.

O Quênia se valeu precisamente desse delito cometido em 2011, pelo qual acusa a britânica de posse de explosivos e conspiração, para ativar sua busca internacional após o ataque ao centro comercial, onde sua presença ainda não foi estabelecida.

A Interpol emitiu um "alerta vermelha" contra Lewthwaite em 26 de setembro, dois dias depois do término do ataque.

O inspetor queniano aproveitou seu comparecimento para alertar que jornalistas serão presos e julgados pela cobertura da operação policial no Westgate, informa o "Daily Nation".

Kimaiyo lançava esta advertência dias depois que as televisões quenianas tornassem público um vídeo recolhido pelo circuito fechado de vigilância do Westgate que mostra vários soldados carregando com bolsas do supermercado cheias.

Kimaiyo acusou os jornalistas nacionais e internacionais de "fazer propaganda" e incitar os quenianos contra as autoridades, com informações relacionadas com a investigação que expuseram a confusão policial e criticaram sua atuação.

O inspetor avançou os planos do corpo policial para armar civis e empregar mais agentes para reforçar a vigilância cidadã.

"Os civis, reservistas e a polícia foram capazes de trabalhar mano a mano para evacuar as pessoas em Westgate", ressaltou.

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