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Nível de gases-estufa bateu recorde em 2012, diz OMM

Tendência de aceleração impulsiona a mudança climática, tornando mais difícil manter o aquecimento global a 2 graus Celsius


	Emissões de gases efeito estufa: "para todos esses principais gases do efeito estufa as concentrações estão atingindo níveis recorde novamente", disse o secretário-geral da OMM, Michel Jarraud
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Emissões de gases efeito estufa: "para todos esses principais gases do efeito estufa as concentrações estão atingindo níveis recorde novamente", disse o secretário-geral da OMM, Michel Jarraud (.)

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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2013 às 09h56.

Genebra - Os volumes atmosféricos de gases do efeito estufa atingiram um novo recorde em 2012, informou a Organização Meteorológica Mundial (OMM) nesta quarta-feira.

"Para todos esses principais gases do efeito estufa as concentrações estão atingindo níveis recorde novamente", disse o secretário-geral da OMM, Michel Jarraud, em coletiva de imprensa em Genebra, na qual foi apresentada o boletim anual sobre os gases de efeito estufa da agência da ONU.

Jarraud disse que a tendência de aceleração impulsiona a mudança climática, tornando mais difícil manter o aquecimento global a 2 graus Celsius, meta acordada na cúpula de Copenhague em 2009.

"Este ano está pior do que o ano passado e 2011. 2011 foi pior do que 2010", disse. "Todo ano que passa torna a situação de alguma maneira mais difícil de lidar, torna mais desafiador manter-se abaixo dessa média simbólica global de 2 graus." As emissões de gases do efeito estufa estão previstas para ficar de 8 bilhões a 12 bilhões de toneladas em 2020 acima do nível necessário para manter o aquecimento global abaixo dos 2 graus, disse o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente na terça-feira.

Caso o mundo persista no comportamento atual, a marca de 2 graus de aquecimento será atingida provavelmente na metade do século, disse Jarraud, ressaltando que isso afetaria o ciclo da água, o nível dos mares e episódios climáticos extremos.

"Quanto mais demorarmos para agir, mais difícil vai ficar para manter-se abaixo desse limite e maior será o impacto sobre muitos países, e por isso será mais difícil se adaptar." Ele disse que o sistema climático é dominado mais pelos oceanos do que pela atmosfera, e que o tempo necessário para aquecer os mares significa que o impacto integral da emissões atuais somente serão sentidos depois.

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