Benjamin Netanyahu: político nega ter feito algo errado, dizendo que é vítima de uma caça às bruxas da imprensa e da esquerda para derrubar o líder popular de direita (Ronen Zvulun/Reuters)
Reuters
Publicado em 1 de janeiro de 2020 às 16h46.
Última atualização em 1 de janeiro de 2020 às 16h47.
Jerusalém - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quarta-feira que buscaria imunidade parlamentar contra acusações em três casos de corrupção que enfrenta, uma medida que pode adiar os procedimentos contra ele por meses.
Netanyahu foi denunciado em novembro sob acusações de propina, fraude e violação de confiança, com alegações de que cedeu favores do Estado no valor de centenas de milhões de dólares a barões da imprensa israelense em troca de presentes e cobertura favorável.
Ele nega ter feito algo errado, dizendo que é vítima de uma caça às bruxas da imprensa e da esquerda para derrubar o líder popular de direita.
Um julgamento não pode acontecer uma vez que o pedido por imunidade é realizado, e Netanyahu anunciou a medida politicamente arriscada em um discurso ao vivo na televisão, apenas quatro horas antes de expirar o prazo para o pedido. Ele disse em sua fala que as acusações contra ele tinham motivação política e que ele tinha direito à proteção parlamentar.
Em meio a um profundo impasse político, parece improvável que o Parlamento decida sobre o assunto antes da eleição de 2 de março. Netanyahu precisará do apoio de 61 dos 120 parlamentares para receber imunidade, a mesma maioria que escapou dele nas tentativas de formar um governo após os pleitos nacionais de abril e setembro.