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Netanyahu cancela encontro com ministro alemão

Premiê israelense avisou que não receberia Sigmar Gabriel caso este se reunisse com representantes de duas organizações muito críticas ao seu governo

Benjamin Netanyahu: cancelamento de reunião ocorre em um contexto de esfriamento das relações bilaterais entre Israel e Alemanha (Gali Tibbon/Divulgação/Reuters)
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AFP

Publicado em 25 de abril de 2017 às 12h06.

O primeiro-ministro israelense , Benjamin Netanyahu, cancelou nesta terça-feira uma reunião com o chefe da diplomacia alemã, Sigmar Gabriel, depois de uma divergência muito incomum sobre o programa do ministro alemão, informou uma autoridade israelense.

Netanyahu avisou que não receberia Gabriel caso este se reunisse no final da tarde com representantes de duas organizações israelenses muito críticas ao governo israelense.

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Este cancelamento ocorre em um contexto de esfriamento das relações bilaterais, em particular a respeito da colonização - a construção por Israel de habitações civis nos territórios palestinos ocupados -, criticada por Berlim.

"Posso confirmar que a reunião foi cancelada", afirmou à AFP uma autoridade israelense que pediu anonimato. Ele indicou que o cancelamento foi decidido por Benjamin Netanyahu.

Mais cedo, Gabriel afirmou que um tal cancelamento seria "impensável".

"Soubemos pela imprensa israelense que o primeiro-ministro Netanyahu, que encontrei várias vezes, quer cancelar esta visita porque desejamos nos reunir com representantes críticos da sociedade civil", declarou à televisão pública alemã ZDF.

"Mal posso imaginar esse cenário, porque seria extremamente lamentável. É perfeitamente normal que, durante uma visita ao exterior, dialoguemos com representantes da sociedade civil".

Gabriel planeja se reunir com representantes do B'Tselem, que documenta violações dos direitos humanos nos territórios palestinos ocupados desde os 50 anos por Israel, e Breaking the Silence, outra ONG israelense que fornece uma plataforma aos soldados israelenses para contar, de forma anônima, suas histórias e denunciar as ações repreensíveis em seu exército.

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