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Nepal lembra vítimas de terremoto um ano após catástrofe

Um ano depois, quatro milhões de pessoas seguem vivendo em alojamentos provisórios, segundo a Federação Internacional da Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho

Nepal: as principais homenagens às vítimas foram realizadas no domingo, quando foi completado o primeiro aniversário segundo o calendário nepalês (Navesh Chitrakar / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2016 às 14h58.

O primeiro-ministro do Nepal participou nesta segunda-feira de uma cerimônia budista por ocasião do início da reconstrução de cinco antigos monumentos destruídos durante o potente terremoto que há um ano atingiu o país, matando milhares de pessoas.

A cerimônia foi realizada no complexo do templo Swayambhunath, embora as principais homenagens às vítimas tenham sido realizadas no domingo, quando foi completado o primeiro aniversário segundo o calendário nepalês.

Um dos templos budistas situados neste espetacular complexo, incluído no patrimônio mundial da Unesco, ficou totalmente destruído pelo terremoto de magnitude 7,8, assim como meio milhão de casas.

Um ano depois, quatro milhões de pessoas seguem vivendo em alojamentos provisórios, segundo a Federação Internacional da Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho. No domingo ocorreram manifestações exigindo maiores esforços para acelerar a reconstrução.

Os trabalhos de reconstrução do templo de Swayambhunath e de outros quatro monumentos históricos começaram nesta segunda-feira: "São tesouros que nossos ancestrais nos deixaram... é nossa responsabilidade entregá-los à próxima geração", disse Bhesh Narayan Dahal, diretor-geral do departamento de Arqueologia.

"Também começaremos com a reconstrução de outros monumentos, o trabalho foi lento, mas iremos ganhando velocidade", disse Dahal à AFP. Setecentos edifícios históricos requerem reparos ou sua reconstrução completa.

Embora os trabalhos tenham começado em alguns templos, as autoridades admitem que serão necessários anos para recuperar a riqueza patrimonial do Nepal.

"Sinto-me com o coração partido"

Dezenas de excursionistas estrangeiros viajaram nesta segunda-feira a Langtang para uma cerimônia em homenagem às vítimas.

Os monges budistas dirigiram a cerimônia, que contou com a presença de uma centena de pessoas, incluindo habitantes da localidade que voltaram a Langtang para tentar reconstruir suas vidas.

"Alguém dizia 'perdi minha mãe', outro falava 'perdi minha filha ou meu filho', ou esposas, pais... alguns falavam, outros não conseguiam falar porque estavam chorando", declarou o dono da hospedaria Palsang Tamang, que também acompanhou a cerimônia.

"Sinto-me com o coração partido, perdi minha filha e muitos outros membros da minha família. Rezamos por eles. Espero que encontrem a paz e estejam no céu", disse à AFP.

No Everest, equipes de montanhistas que sofreram a avalanche registrada após o terremoto e que matou 18 alpinistas, fizeram um minuto de silêncio às 11h56 - o momento em que ocorreu o tremor, em memória de seus colegas falecidos.

O desastre também danificou 8.000 escolas e 1.200 instalações médicas. A lentidão para reconstruir salas de aula e centros de saúde nas zonas rurais, imprescindíveis para as comunidades que vivem em regiões remotas, está provocando uma série de críticas ao governo nepalês.

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O primeiro-ministro do Nepal participou nesta segunda-feira de uma cerimônia budista por ocasião do início da reconstrução de cinco antigos monumentos destruídos durante o potente terremoto que há um ano atingiu o país, matando milhares de pessoas.

A cerimônia foi realizada no complexo do templo Swayambhunath, embora as principais homenagens às vítimas tenham sido realizadas no domingo, quando foi completado o primeiro aniversário segundo o calendário nepalês.

Um dos templos budistas situados neste espetacular complexo, incluído no patrimônio mundial da Unesco, ficou totalmente destruído pelo terremoto de magnitude 7,8, assim como meio milhão de casas.

Um ano depois, quatro milhões de pessoas seguem vivendo em alojamentos provisórios, segundo a Federação Internacional da Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho. No domingo ocorreram manifestações exigindo maiores esforços para acelerar a reconstrução.

Os trabalhos de reconstrução do templo de Swayambhunath e de outros quatro monumentos históricos começaram nesta segunda-feira: "São tesouros que nossos ancestrais nos deixaram... é nossa responsabilidade entregá-los à próxima geração", disse Bhesh Narayan Dahal, diretor-geral do departamento de Arqueologia.

"Também começaremos com a reconstrução de outros monumentos, o trabalho foi lento, mas iremos ganhando velocidade", disse Dahal à AFP. Setecentos edifícios históricos requerem reparos ou sua reconstrução completa.

Embora os trabalhos tenham começado em alguns templos, as autoridades admitem que serão necessários anos para recuperar a riqueza patrimonial do Nepal.

"Sinto-me com o coração partido"

Dezenas de excursionistas estrangeiros viajaram nesta segunda-feira a Langtang para uma cerimônia em homenagem às vítimas.

Os monges budistas dirigiram a cerimônia, que contou com a presença de uma centena de pessoas, incluindo habitantes da localidade que voltaram a Langtang para tentar reconstruir suas vidas.

"Alguém dizia 'perdi minha mãe', outro falava 'perdi minha filha ou meu filho', ou esposas, pais... alguns falavam, outros não conseguiam falar porque estavam chorando", declarou o dono da hospedaria Palsang Tamang, que também acompanhou a cerimônia.

"Sinto-me com o coração partido, perdi minha filha e muitos outros membros da minha família. Rezamos por eles. Espero que encontrem a paz e estejam no céu", disse à AFP.

No Everest, equipes de montanhistas que sofreram a avalanche registrada após o terremoto e que matou 18 alpinistas, fizeram um minuto de silêncio às 11h56 - o momento em que ocorreu o tremor, em memória de seus colegas falecidos.

O desastre também danificou 8.000 escolas e 1.200 instalações médicas. A lentidão para reconstruir salas de aula e centros de saúde nas zonas rurais, imprescindíveis para as comunidades que vivem em regiões remotas, está provocando uma série de críticas ao governo nepalês.

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