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Negociadores se esforçam para estender trégua em Gaza

A trégua levou um pouco de calma ao território palestino costeiro pela primeira vez no período de um mês


	Israelenses em Gaza: Israel não se opõe à "reabilitação econômica" de Gaza, mas ministro diz que desmilitarização do território é prioridade para Israel
 (Amir Cohen/Reuters)

Israelenses em Gaza: Israel não se opõe à "reabilitação econômica" de Gaza, mas ministro diz que desmilitarização do território é prioridade para Israel (Amir Cohen/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2014 às 12h01.

São Paulo - Negociadores israelenses e palestinos que estão no Cairo se esforçavam nesta quinta-feira para estender o cessar-fogo de três dias na Faixa de Gaza.

A trégua levou um pouco de calma ao território palestino costeiro pela primeira vez no período de um mês. Israel e Hamas estão sob forte pressão internacional para estender o cessar-fogo.

A interrupção dos confrontos encerrou quase quatro semanas de combates entre Israel e o movimento islâmico Hamas, mas a trégua termina na manhã de sexta-feira.

Israel indicou que está disposto a prolongar o cessar-fogo, mas autoridades do Hamas ainda não haviam concordado.

Os negociadores se reúnem na capital do Egito para discutir um cessar-fogo de longo prazo, em meio a esperanças de chegar a um acordo que leve a desmilitarização de Gaza e ao alívio ao embargo econômico ao território, que está em seu sétimo ano.

Gilad Erdan, ministro do gabinete israelense, disse a Rádio Israel nesta quinta-feira que se o Hamas disparar mais foguetes em direção a Israel, seu Exército vai retomar as operações.

Ele afirmou que, em princípio, Israel não se opõe à "reabilitação econômica" de Gaza, mas afirmou que a desmilitarização do território é uma importante prioridade para Israel.

Mas Izzat al-Rishq, graduado integrante do Hamas, disse a uma agência de notícias palestina que o grupo condiciona a extensão do cessar-fogo a progressos nas negociações.

Uma autoridade palestina que está no Cairo disse não esperar que a exigência de Israel sobre o desarmamento do Hamas seja aceita. "Ninguém aceita a desmilitarização em Gaza enquanto a ocupação israelense continua e o cerco a Gaza continua e os crimes contra nosso povo continuam", afirmou Wasel Abu Yousef, destacando, porém, que estava expressando sua visão pessoal.

Em seus primeiros comentários desde o início da trégua de 72 horas, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse na noite de quarta-feira que responsabiliza o Hamas por todas as mortes de civis na Faixa de Gaza, dizendo que o grupo usa civis como escudos humanos.

O cessar-fogo em vigor é a mais longa pausa nos confrontos que já deixou 1.875 palestinos e 67 israelenses mortos desde o início da guerra, em 8 de julho, segundo informações palestinas e israelenses.

A quarta-feira foi o primeiro dia sem o lançamento de foguetes ou morteiros contra Israel em três semanas. Um importante sinal da redução das tensões na região foi o fato de que 27 mil reservistas, dos 82 mil convocados para reforçar a ofensiva militar em Gaza, terem sido desmobilizados. Além disso, as diretrizes de segurança para civis, no caso de disparo de foguetes, foram canceladas.

"Isso significa que as coisas estão voltando ao normal", disse o tenente-coronel Peter Lerner, porta-voz militar israelense.

Com informações da Associated Press e da Dow Jones Newswires

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