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Nazista detido na Hungria andava com chicote em área judaica

"Csatáry andava pelo gueto com um chicote na mão e batia em todos que cruzavam por ele, sem considerar sexo ou idade", diz sobrevivente do Holocausto

Varanda do apartamento habitato pelo húngaro Laszlo Csatary em Budapeste: criminoso nazista andava com chicote em gueto de judeus (Attila Kisbenedek/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2012 às 10h31.

Budapeste - O Centro Memorial do Holocausto de Budapeste (HDKE) apresentou nesta quarta-feira vários documentos, em sua maioria testemunhos de vítimas, sobre a crueldade de László Csatáry, o criminoso de guerra nazista detido na semana passada na Hungria e que é acusado de enviar 15 mil judeus para campos de extermínio.

"Csatáry andava pelo gueto com um chicote na mão e batia em todos que cruzavam por ele, sem considerar sexo ou idade", segundo o testemunho de uma sobrevivente do Holocausto recolhido em 1946.

Outras testemunhas descreveram Csatáry como uma pessoa "cruel", "sádica" e que "todos temiam".

Ádám Gellért, especialista em direito internacional, explicou hoje à imprensa que os documentos são provenientes de diferentes arquivos e bibliotecas da Europa, Israel e Canadá.

Segundo Gellért, a importância das provas é que elas apontam Csatáry ou estão assinados por ele como "comandante" do gueto de Kosice (Eslováquia). O acusado nega os delitos e diz que apenas cumpria ordens.

Csatáry é considerado pelo Centro Simon Wiesenthal de Jerusalém como o criminoso de guerra mais procurado da atualidade por ter participado da deportação de mais de 15 mil judeus a campos de extermínio nazistas.


Géllert explicou que após ele ser preso, em 18 de julho, as autoridades húngaras o acusam de crimes de guerra, como maus-tratos e tortura, já que o conceito de "genocídio" foi introduzido no direito internacional após a Segunda Guerra Mundial.

O especialista opinou que a responsabilidade de Csatáry poderia ser ainda maior e lembrou que segundo testemunhas e documentos o comandante "participou ativamente das deportações".

O diretor do HDKE, Szabolcs Szita, afirmou que "era possível dizer não no período e se comportar de forma honesta, como fizeram muitos".

Após a guerra, Csatáry foi condenado à morte à revelia pelas autoridades da então Tchecoslováquia, embora Gellért tenha dito hoje que a sentença "não se encontra nos arquivos".

Csatáry fugiu para o Canadá, país que abandonou em 1997 quando perdeu a cidadania do país. Seu paradeiro foi perdido, embora se saiba que em algum momento ele se mudou para a Hungria, onde vivia sem tentar se esconder.

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"Csatáry andava pelo gueto com um chicote na mão e batia em todos que cruzavam por ele, sem considerar sexo ou idade", segundo o testemunho de uma sobrevivente do Holocausto recolhido em 1946.

Outras testemunhas descreveram Csatáry como uma pessoa "cruel", "sádica" e que "todos temiam".

Ádám Gellért, especialista em direito internacional, explicou hoje à imprensa que os documentos são provenientes de diferentes arquivos e bibliotecas da Europa, Israel e Canadá.

Segundo Gellért, a importância das provas é que elas apontam Csatáry ou estão assinados por ele como "comandante" do gueto de Kosice (Eslováquia). O acusado nega os delitos e diz que apenas cumpria ordens.

Csatáry é considerado pelo Centro Simon Wiesenthal de Jerusalém como o criminoso de guerra mais procurado da atualidade por ter participado da deportação de mais de 15 mil judeus a campos de extermínio nazistas.


Géllert explicou que após ele ser preso, em 18 de julho, as autoridades húngaras o acusam de crimes de guerra, como maus-tratos e tortura, já que o conceito de "genocídio" foi introduzido no direito internacional após a Segunda Guerra Mundial.

O especialista opinou que a responsabilidade de Csatáry poderia ser ainda maior e lembrou que segundo testemunhas e documentos o comandante "participou ativamente das deportações".

O diretor do HDKE, Szabolcs Szita, afirmou que "era possível dizer não no período e se comportar de forma honesta, como fizeram muitos".

Após a guerra, Csatáry foi condenado à morte à revelia pelas autoridades da então Tchecoslováquia, embora Gellért tenha dito hoje que a sentença "não se encontra nos arquivos".

Csatáry fugiu para o Canadá, país que abandonou em 1997 quando perdeu a cidadania do país. Seu paradeiro foi perdido, embora se saiba que em algum momento ele se mudou para a Hungria, onde vivia sem tentar se esconder.

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