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Não há espaço para gays no Quênia, diz vice-presidente

Assim como grande parte da África subsaariana, a sociedade queniana é extremamente religiosa e socialmente conservadora


	Bandeira com as cores do movimento LGBT: a homossexualidade é ilegal no Quênia desde a colonização britânica, que terminou em 1963
 (Bandeira gay)

Bandeira com as cores do movimento LGBT: a homossexualidade é ilegal no Quênia desde a colonização britânica, que terminou em 1963 (Bandeira gay)

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Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2015 às 10h59.

Nairobi - O vice-presidente do Quênia, William Ruto, disse que "não há espaço" para homossexualidade na sociedade queniana, o mais recente comentário de uma autoridade africana a irritar ativistas e possivelmente doadores ocidentais que dizem que gays são alvos de discriminação no continente.

Ruto fez os comentários durante uma missa no domingo, dia que o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, chegou ao país para conversas. Os EUA estão liderando chamados em defesa dos direitos dos homossexuais na África e criticam leis antigays no continente.

"A República do Quênia é uma república que venera Deus. Não temos espaço para gays e estes outros", disse Ruto a uma congregação de uma igreja em Nairóbi na língua local, suaíli, de acordo com um vídeo divulgado pela emissora queniana KTN.

Durante conversa com a Reuters nesta segunda-feira, o porta-voz de Ruto, Emmanuel Talam, confirmou os comentários do vice-presidente e adicionou: "O governo acredita que relações homossexuais não são naturais e não são africanas".

Assim como grande parte da África subsaariana, a sociedade queniana é extremamente religiosa e socialmente conservadora.

Os comentários anti-homossexuais de líderes africanos geralmente ganham apoio público, mas colocam em risco as doações ocidentais que geram apoio econômico vital.

Quando Uganda aprovou uma lei no ano passado que reforçou as sentenças de prisão contra gays, Kerry descreveu como uma "atrocidade" e comparou às leis antissemitas durante a Alemanha nazista. A lei foi rejeitada por uma corte posteriormente.

Os Estados Unidos são um doador valioso para o Quênia, providenciando ajuda anual de quase 1 bilhão de dólares, parte usada para ajudar as Forças Armadas, mas também no tratamento de pacientes com Aids.

A homossexualidade é ilegal no Quênia desde a colonização britânica, que terminou em 1963.

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