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"Não é meu presidente", repetem milhares em protesto contra Trump

Manifestantes de todas as idades se concentraram na Columbus Circle, em frente ao Trump International Hotel e ao lado do Central Park, em Nova York

Protesto em Nova York: assim que começou o protesto, já havia 3.000 manifestantes, segundo contagem não oficial da polícia (Stephanie Keith/Reuters)

Protesto em Nova York: assim que começou o protesto, já havia 3.000 manifestantes, segundo contagem não oficial da polícia (Stephanie Keith/Reuters)

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AFP

Publicado em 20 de fevereiro de 2017 às 16h47.

Aos gritos de "não é meu presidente" e em clima de festa, 3.000 pessoas protestavam em Nova York nesta segunda-feira, feriado em que os americanos comemoram o "dia do presidente".

Manifestantes de todas as idades se concentraram na Columbus Circle, em frente ao Trump International Hotel e ao lado do Central Park, para expressar sua insatisfação com o novo governo em mais uma manifestação que sacode o país desde que Trump chegou à Casa Branca, há um mês.

Assim que começou o protesto, já havia 3.000 manifestantes, segundo contagem não oficial da polícia, que fechou várias quadras da Central Park West.

"Trump está destruindo o país. Se não fizermos algo, perderemos os Estados Unidos antes de percebermos. Por isso nos últimos quatro dias fui a quatro protestos. O que mais posso fazer? É a única maneira de tentar chegar ao Congresso", disse à AFP uma das manifestantes, Rima Strauss, psicóloga aposentada de 70 anos que vive entre Nova York e Washington DC.

"Trump não nos escuta. Mas se as pessoas comuns protestarem nas ruas, talvez tenhamos sorte de (acontecer) uma revolução", assinalou Strauss, que também participou da Marcha das Mulheres, em 21 de janeiro, um dia após a posse de Trump.

"Somos muçulmanos, viemos pregar uma mensagem de paz e amor. Obedeço o presidente Trump, mas não tenho motivos para concordar com suas políticas", explicou outro manifestante, Qamar Khan, estudante de medicina de 26 anos que chegou aos Estados Unidos vindo do Paquistão aos sete anos e hoje é americano.

Khan se referia à ordem executiva que proibiu temporariamente a entrada no país de refugiados e cidadãos de sete países de maioria muçulmana, mas que foi suspensa pela Justiça.

Em uma esquina, uma dúzia de manifestantes com bandeiras dos Estados Unidos e cartazes escritos "hispânicos por Trump" e "judeus por Trump" se enfrentaram com a multidão com músicas e gritos.

"Não a Trump! Não à KKK (Ku Klux Klan)! Não a uma América fascista!", responderam os anti-Trump enquanto uma banda tocava "Stand up for your rights", o hino de Bob Marley e Peter Tosh pelos direitos humanos.

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