Na França, extremista Éric Zemmour pode chegar ao 2º turno, diz pesquisa
Zemmour tem ganhado espaço ao se mostrar ainda mais à direita do que Marine Le Pen, que disputou o segundo turno contra o presidente Macron em 2017
Da redação, com agências
Publicado em 6 de outubro de 2021 às 12h51.
Última atualização em 6 de outubro de 2021 às 12h51.
Nova pesquisa na França mostra que Éric Zemmour, criticado por suas posições extremistas, pode chegar ao segundo turno da eleição presidencial de abril de 2022. No entanto, Zemmour ainda perderia para o atual presidente, o liberal centrista Emmanuel Macron.
A pesquisa da Harris Interactive para a revista Challenges, divulgada nesta quarta-feira, 6, coloca Zemmour no segundo turno pela primeira vez.
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Sem trajetória política, Zemmour tem ganhado espaço entre os conservadores da França ao defender uma linha ainda mais de direita do que Marine Le Pen, da Frente Nacional, que foi a principal opositora de Macron nas eleições de 2017.
Se as eleições fossem hoje, Macron teria entre 24% e 27% dos votos no primeiro turno e Zemmour obteria entre 17% e 18% dos votos, à frente de Le Pen (de 15% a 16%).
"Nunca um candidato registrou em tão pouco tempo uma evolução como a de Éric Zemmour nas intenções de voto", disse na análise da pesquisa O encarregado de estudos na Harris Interactive, Antoine Gautier.
Segundo a pesquisa, Emmanuel Macron venceria com 55% dos votos no segundo turno contra Zemmour.
Já o candidato da direita tradicional melhor posicionado, Xavier Bertrand, obteria 13% no primeiro turno. Bertrand é ex-membro dos Republicanos, partido mais tradicional de direita na França, e tem sido visto como o potencial candidato da direita convencional na briga contra Le Pen e Zemmour.
Ainda assim, os Republicanos, partido do ex-presidente Nicolas Sarkozy, têm sofrido com a ascensão da extrema-direita na França desde Le Pen.
Do outro lado do espectro, o esquerdista Jean-Luc Mélenchon, do partido França Insubmissa, seria o melhor posicionado com 11%, também abaixo dos 19% que obteve em 2017.
(Com AFP)