Exame Logo

Mursi visita China para assinar acordos bilaterais

Esta é a primeira viagem de Mursi, que chegou ao poder em junho, a um país fora do Oriente Médio

Mohamed Mursi presidente do Egito: O Egito procura, entre outras coisas, aumentar o número de turistas chineses que vão ao país africano (Egyptian Presidency/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2012 às 19h54.

Pequim - O presidente do Egito , Mohammed Mursi, chegou nesta terça-feira a Pequim para uma visita oficial de três dias na qual abordará a crise na Síria e possíveis investimentos no país asiático.

Esta é a primeira viagem de Mursi, que chegou ao poder em junho, a um país fora do Oriente Médio, algo que a imprensa interpretou como um sinal de que o Cairo quer diversificar a política externa além de seus aliados tradicionais, Estados Unidos e Arábia Saudita.

A China recebeu Mursi com muita expectativa pois pretende transformar o Egito em um aliado-chave, mas com certa ressalva pelo fato do país ter sido um dos líderes da Primavera Árabe de 2011.

Mursi viajou a convite do presidente da China, Hu Jintao, e chegou acompanhado de sete ministros. O líder deverá se reunir na quarta-feira com as principais autoridades chinesas.

Mursi se encontrará com o primeiro-ministro, Wen Jiabao, com o vice-presidente, Xi Jinping, e com o presidente do Parlamento chinês, Wu Bangguo, entre outros dirigentes.

Segundo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hong Lei, seu país ''dá grande importância à visita'', durante a qual será assinada ''um grande número de acordos bilaterais''.

O porta-voz disse que a visita representará uma grande contribuição para as relações entre a China e o Egito num momento em que a ordem mundial enfrenta grandes mudanças. O presidente também participará de um fórum de empresários chineses e egípcios.


Durante a estadia em Pequim, egípcios e chineses devem assinar diversos acordos bilaterais, incluindo um memorando de entendimento para promover o desenvolvimento da internet e a construção de uma usina elétrica no Egito.

O presidente egípcio procura diversificar os investimentos em seu país, cuja economia se encontra imersa em uma grave crise após a revolução que tirou Hosni Mubarak do poder, em fevereiro de 2011. O Egito está com alto déficit fiscal e sem recursos devido à queda do turismo.

O comércio bilateral China-Egito, em 2012, foi de US$ 8,8 bilhões, o que representa um crescimento de 40% desde 2008, segundo números oficiais chineses.

O Egito procura, entre outras coisas, aumentar o número de turistas chineses que vão ao país africano, facilitando a concessão de vistos e estabelecendo um acordo aéreo bilateral que permita abrir rotas diretas entre os dois países.

Além da economia, Mursi deve tratar com as autoridades chinesas sobre a crise na Síria. A China foi um dos países que se opôs às duras sanções internacionais que o conselho de segurança da ONU pretendia impor ao regime de Bashar Al Assad.

Mursi lançou uma proposta de criar um grupo entre Turquia, Egito, Irã e Arábia Saudita para tentar criar alternativas para a crise na Síria.

Após sua estadia na China, o presidente egípcio deve continuar sua empreitada visitando o Irã para participar da Cúpula de Países Não-Alinhados.

A China recebeu, há duas semanas, Buzaina Shaaban, assessora do presidente sírio, que se reuniu com o ministro das Relações Exteriores, Yang Jiechi. Na ocasião, a chancelaria declarou que o encontro fazia parte de esforços para aplicar o fracassado plano de paz da ONU.

Veja também

Pequim - O presidente do Egito , Mohammed Mursi, chegou nesta terça-feira a Pequim para uma visita oficial de três dias na qual abordará a crise na Síria e possíveis investimentos no país asiático.

Esta é a primeira viagem de Mursi, que chegou ao poder em junho, a um país fora do Oriente Médio, algo que a imprensa interpretou como um sinal de que o Cairo quer diversificar a política externa além de seus aliados tradicionais, Estados Unidos e Arábia Saudita.

A China recebeu Mursi com muita expectativa pois pretende transformar o Egito em um aliado-chave, mas com certa ressalva pelo fato do país ter sido um dos líderes da Primavera Árabe de 2011.

Mursi viajou a convite do presidente da China, Hu Jintao, e chegou acompanhado de sete ministros. O líder deverá se reunir na quarta-feira com as principais autoridades chinesas.

Mursi se encontrará com o primeiro-ministro, Wen Jiabao, com o vice-presidente, Xi Jinping, e com o presidente do Parlamento chinês, Wu Bangguo, entre outros dirigentes.

Segundo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hong Lei, seu país ''dá grande importância à visita'', durante a qual será assinada ''um grande número de acordos bilaterais''.

O porta-voz disse que a visita representará uma grande contribuição para as relações entre a China e o Egito num momento em que a ordem mundial enfrenta grandes mudanças. O presidente também participará de um fórum de empresários chineses e egípcios.


Durante a estadia em Pequim, egípcios e chineses devem assinar diversos acordos bilaterais, incluindo um memorando de entendimento para promover o desenvolvimento da internet e a construção de uma usina elétrica no Egito.

O presidente egípcio procura diversificar os investimentos em seu país, cuja economia se encontra imersa em uma grave crise após a revolução que tirou Hosni Mubarak do poder, em fevereiro de 2011. O Egito está com alto déficit fiscal e sem recursos devido à queda do turismo.

O comércio bilateral China-Egito, em 2012, foi de US$ 8,8 bilhões, o que representa um crescimento de 40% desde 2008, segundo números oficiais chineses.

O Egito procura, entre outras coisas, aumentar o número de turistas chineses que vão ao país africano, facilitando a concessão de vistos e estabelecendo um acordo aéreo bilateral que permita abrir rotas diretas entre os dois países.

Além da economia, Mursi deve tratar com as autoridades chinesas sobre a crise na Síria. A China foi um dos países que se opôs às duras sanções internacionais que o conselho de segurança da ONU pretendia impor ao regime de Bashar Al Assad.

Mursi lançou uma proposta de criar um grupo entre Turquia, Egito, Irã e Arábia Saudita para tentar criar alternativas para a crise na Síria.

Após sua estadia na China, o presidente egípcio deve continuar sua empreitada visitando o Irã para participar da Cúpula de Países Não-Alinhados.

A China recebeu, há duas semanas, Buzaina Shaaban, assessora do presidente sírio, que se reuniu com o ministro das Relações Exteriores, Yang Jiechi. Na ocasião, a chancelaria declarou que o encontro fazia parte de esforços para aplicar o fracassado plano de paz da ONU.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaÁsiaChinaEgitoMohamed MursiPolíticaPolíticos

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame