Mursi usará poder excepcional se considerar Egito em perigo
Ao decidir acumular mais poderes, o presidente egípcio justificou que seu objetivo é conseguir "a estabilidade política, social e econômica"
Da Redação
Publicado em 23 de novembro de 2012 às 12h40.
Cairo - O presidente do Egito , Mohammed Mursi, disse nesta sexta-feira em discurso que não quer recorrer a seus poderes excepcionais, mas que o fará se considerar o país em perigo, e defendeu que seu objetivo é conseguir "a estabilidade política, social e econômica".
Mursi, que ontem blindou todos os seus poderes perante a Justiça, acusou hoje "os que se escondem por trás dos juízes" de querer prejudicar a transição à democracia.
"Não gosto nem quero utilizar procedimentos excepcionais, mas se vejo que meu país está em perigo farei-o, porque é meu dever", assinalou, ao tempo que assegurou que tende a mão à "oposição real".
"Respeitamos a justiça, porque nela há muitos indivíduos limpos, mas estamos contra os que se escondem atrás ela. Nós os desmascararemos, que não se pensem que não os vemos", acrescentou.
Mursi insistiu que não pretende manter todos os poderes, como ocorre agora, por concentrar o executivo e o legislativo e ter ordenado, ontem à noite, que todas as suas decisões sejam "inapeláveis e definitivas".
Em sua declaração presidencial, ele também decretou que a Assembleia Constituinte e a câmara alta não possam ser dissolvidas pela Justiça.
Enquanto Mursi fala, dezenas de milhares de pessoas se concentram no Cairo e em outras cidades egípcias convocados pela oposição não islamita para mostrar sua rejeição a medidas que, dizem, transformam o líder em um "novo faraó".
Cairo - O presidente do Egito , Mohammed Mursi, disse nesta sexta-feira em discurso que não quer recorrer a seus poderes excepcionais, mas que o fará se considerar o país em perigo, e defendeu que seu objetivo é conseguir "a estabilidade política, social e econômica".
Mursi, que ontem blindou todos os seus poderes perante a Justiça, acusou hoje "os que se escondem por trás dos juízes" de querer prejudicar a transição à democracia.
"Não gosto nem quero utilizar procedimentos excepcionais, mas se vejo que meu país está em perigo farei-o, porque é meu dever", assinalou, ao tempo que assegurou que tende a mão à "oposição real".
"Respeitamos a justiça, porque nela há muitos indivíduos limpos, mas estamos contra os que se escondem atrás ela. Nós os desmascararemos, que não se pensem que não os vemos", acrescentou.
Mursi insistiu que não pretende manter todos os poderes, como ocorre agora, por concentrar o executivo e o legislativo e ter ordenado, ontem à noite, que todas as suas decisões sejam "inapeláveis e definitivas".
Em sua declaração presidencial, ele também decretou que a Assembleia Constituinte e a câmara alta não possam ser dissolvidas pela Justiça.
Enquanto Mursi fala, dezenas de milhares de pessoas se concentram no Cairo e em outras cidades egípcias convocados pela oposição não islamita para mostrar sua rejeição a medidas que, dizem, transformam o líder em um "novo faraó".