Após o anúncio, manifestantes concentrados na Praça Tahrir, no centro do Cairo, comemoraram a saída de Mursi, eleito há um ano após a queda de Hosni Mubarak em 2011 (REUTERS / Mohamed Abd El Ghany)
Da Redação
Publicado em 3 de julho de 2013 às 18h27.
Brasília – O presidente egípcio, Mohamed Mursi, disse hoje que houve um golpe de Estado no país, após o chefe das Forças Armadas ter anunciado seu afastamento do poder.
"As medidas anunciadas pelo comando das Forças Armadas representam um golpe de Estado, rejeitado categoricamente por todos os homens livres do nosso país", escreveu no Twitter, conforme a agência Lusa
“Mursi, na posição de presidente e comandante Supremo das Forças Armadas, pede a todos os cidadãos – civis ou militares – que respeitem a Constituição e não respondam a este golpe”, diz nota da presidência do Egito, segundo a BBC Brasil.
Em pronunciamento na televisão, o chefe das Forças Armadas, general Abdel Fattah Al Sissi, anunciou que Mursi foi deposto e que o país será liderado pelo presidente do Conselho Constitucional, Adly Mansour. A Constituição foi suspensa e as eleições presidenciais serão antecipadas.
“As Forças Armadas consideram que o povo do Egito está nos pedindo apoio, não para tomar o poder ou governar, mas servir ao interesse público e proteger a revolução. Essa é a mensagem que os militares receberam de todos os cantos do Egito”, disse Sissi.
Após o anúncio, manifestantes concentrados na Praça Tahrir, no centro do Cairo, comemoraram a saída de Mursi, eleito há um ano após a queda de Hosni Mubarak em 2011.
Representantes da organização Irmandade Muçulmana, à qual pertence Mursi, e apoiadores ao governo dizem que houve um golpe por parte dos militares. Os opositores alegam que Mursi quer implantar um regime islâmico e cobravam a saída do presidente.