Mundo

MST abre Abril Vermelho em PE com invasão de fazenda

De acordo com o movimento, o proprietário da área chamou o Grupo de Apoio Tático itinerante da Polícia Militar do Estado (Gati) a fim de reprimir a ação e tentar retirar as famílias à força.

O MST promete realizar 20 ocupações em todo o Estado neste mês, o Abril Vermelho, em memória de 21 sem-terra assassinados em Eldorado de Carajás, no Pará, em 1996 (MST-BA/ Divulgação)

O MST promete realizar 20 ocupações em todo o Estado neste mês, o Abril Vermelho, em memória de 21 sem-terra assassinados em Eldorado de Carajás, no Pará, em 1996 (MST-BA/ Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2012 às 15h34.

Recife - A jornada nacional de lutas pela reforma agrária em Pernambuco teve início neste sábado com a ocupação da fazenda Serra Grande, em Gravatá, no agreste. De acordo com o movimento, o proprietário da área chamou o Grupo de Apoio Tático itinerante da Polícia Militar do Estado (Gati) a fim de reprimir a ação e tentar retirar as famílias à força.

A assessoria da PMPE informou não ter havido nenhuma ação truculenta por parte da polícia. "O dono da terra acionou a emergência da PM depois da ocupação, uma viatura seguiu para o local e foi recomendado ao proprietário que procurasse a Justiça visando a uma reintegração de posse", afirmou o policial de plantão.

Segundo Denaide Souza, integrante da coordenação estadual do movimento, as famílias ocuparam inicialmente uma casa, na sede da fazenda. Depois de muita negociação, saíram e começaram a armar seus barracos em uma área próxima, ao ar livre. "Não vamos sair, vamos continuar resistindo", disse.

O Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) promete realizar cerca de 20 ocupações de terra em todo o Estado neste mês, o Abril Vermelho, em memória de 21 sem-terra assassinados em Eldorado de Carajás, no Pará, em 17 de abril de 1996, que foi transformado em Dia Nacional de Luta pela reforma Agrária.

O movimento frisa que 16 anos depois do massacre que teve repercussão internacional ninguém foi preso, não foi realizada reforma agrária e os militantes e sem-terra ligados ao movimento continuam sendo alvo de violência. Para o MST, o primeiro ano do governo Dilma Rousseff foi o pior dos últimos 16 anos em termos de criação de assentamentos.

Acompanhe tudo sobre:Política agráriareformasTerras

Mais de Mundo

Drones sobre bases militares dos EUA levantam preocupações sobre segurança nacional

Conheça os cinco empregos com as maiores taxas de acidentes fatais nos EUA

Refugiados sírios tentam voltar para casa, mas ONU alerta para retorno em larga escala

Panamá repudia ameaça de Trump de retomar o controle do Canal