Vladimir Putin, presidente russo: o líder foi proposto para o Nobel da Paz pela Academia Internacional da União das Nações do Mundo (IUNM) (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 12 de outubro de 2013 às 09h41.
Moscou - A Rússia elogiou neste sábado o Prêmio Nobel da Paz concedido à Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq), que participa do processo para a destruição do arsenal da Síria.
'Esta organização é uma das instâncias internacionais mais eficientes no campo do desarmamento e não-proliferação e por meio da qual são resolvidas com sucesso questões técnicas e práticas muito complexas', disse um comunicado do Ministério das Relações Exteriores russo.
'E a missão que a Opaq começou a pôr em prática com sucesso junto com as Nações Unidas como parte do processo de destruição das armas químicas da Síria confirma plenamente isto', acrescentou a nota.
A chancelaria lembrou que a Rússia está entre os fundadores da Convenção de Armas Químicas e esteve 'ativamente envolvida em sua redação, na crença de que o principal objetivo para todos seus signatários é livrar o mundo do perigo do emprego deste tipo de arma desumana'.
O ministério frisou ainda que Moscou está 'fortemente comprometida' com os objetivos do tratado, do qual participam, após a adesão da Síria, 190 países.
O presidente russo, Vladimir Putin, foi o autor da iniciativa para que o regime sírio colocasse sob controle internacional e destruísse suas armas químicas, plano estipulado ao lado dos EUA, o que permitiu por enquanto evitar uma intervenção aliada liderada por Washington contra Damasco.
Após sua bem-sucedida iniciativa diplomática para evitar um ataque contra a Síria, o líder russo foi proposto para o Nobel da Paz pela Academia Internacional da União das Nações do Mundo (IUNM).
A candidatura de Putin foi rejeitada por ativistas de direitos humanos russos, para quem o líder russo não merece o prêmio por seu histórico, que inclui por exemplo as guerras da Chechênia.