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Moscou critica política de Trump e fala de "herança" de Obama

Vice-ministro também admitiu que as novas sanções contra Moscou assinadas na semana passada por Trump "foram impostas" à Casa Branca pelo Congresso

Donald Trump: autoridade russa disse que a política de Trump representa "em muitos aspectos o pior" da linha de Obama (Joshua Roberts/Reuters)

Donald Trump: autoridade russa disse que a política de Trump representa "em muitos aspectos o pior" da linha de Obama (Joshua Roberts/Reuters)

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EFE

Publicado em 7 de agosto de 2017 às 10h10.

Moscou - A política para a Rússia da Administração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, representa "em muitos aspectos o pior" da linha de seu predecessor, Barack Obama, disse o vice-ministro de Assuntos Exteriores russos, Seguei Riabkov, em uma entrevista publicada nesta segunda-feira pela revista "International Life".

"Quanto à política exterior (de Trump), estou decepcionado e é preciso constatar que em muitos aspectos é a continuação da pior herança de Obama. Inclusive é mais dura em uma série de aspectos e em sua retórica", disse o número dois da chancelaria russa.

Riabkov, no entanto, admitiu que as novas sanções contra Moscou assinadas na semana passada por Trump "foram impostas" à Casa Branca pelo Congresso.

"Os ataques à Rússia, crescentes nos últimos meses", fizeram que "uma maioria na Câmara de Representantes e no senado (dos EUA) impusessem sua vontade à administração" de Trump.

O vice-ministro russo acrescentou que o clima nas relações entre Moscou e Washington "vai ficar por muito tempo" e apontou que é "difícil prever quanto tempo será necessário" para normalizar a situação.

A lei, assinada na semana passada por Trump, fortalece as sanções contra a Rússia pela sua suposta interferência nas eleições de 2016 nos EUA, suas ações na Ucrânia e na Síria e suas violações de direitos humanos, e limita a capacidade de Trump de suspendê-las sem a autorização do Congresso.

Apesar das sanções, o líder americano tentou melhorar as relações com a Rússia desde sua chegada ao poder em janeiro, ainda que essa tentativa tenha sido atingida pela investigação sobre os possíveis laços entre sua campanha e Moscou nas eleições presidenciais de novembro.

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